Os protestos nas universidades americanas estão se tornando um desafio para a campanha de reeleição do presidente Joe Biden. As cenas de prisões violentas de estudantes e professores evocam memórias dos tumultos de 1968, quando os protestos contra a guerra do Vietnã começaram nas universidades e se espalharam até a convenção democrata em Chicago.
Agora, os protestos contra a guerra de Israel em Gaza estão se espalhando nos campus universitários dos EUA. A aprovação de Biden em relação à gestão da guerra está em queda, e os manifestantes defendem a liberdade de expressão, mas também são acusados de adotar uma postura antissemita.
Diversos campos universitários americanos estão com manifestantes acampados em protesto pela situação na Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Joseph Prezioso/Getty Images Embed)
Corrida presidencial
Dois segmentos demográficos que foram cruciais para a vitória de Biden em 2020 — os jovens eleitores e a comunidade judaica — estão sendo afetados por esses protestos. A cidade de Chicago, que receberá os delegados do Partido Democrata em agosto, pode testemunhar um os mesmos acontecimentos que ocorreram em 1968 se não houver um acordo com os manifestantes.
Alguns acreditam que os protestos diminuirão com o fim do semestre letivo, mas Biden não deve subestimar os manifestantes. A escolha entre Biden e Trump nas próximas eleições presidenciais americanas será mais difícil à medida que as eleições se aproximam, e essa é uma questão moral para os manifestantes.
Joe Biden deve enfrentar desafios
A aprovação de Biden em relação à gestão da guerra em Gaza está em queda. Sua abordagem sofreu rejeição em abril, quando comparada à mesma pesquisa feita em janeiro. Embora Biden tenha apoiado fortemente Israel após o massacre do Hamas, divergências públicas com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e questões humanitárias no enclave palestino têm gerado críticas.
Os manifestantes defendem a liberdade de expressão, mas suas demandas estão se distanciando das questões abordadas no começo. Eles pedem o cessar-fogo em Gaza, o fim da ajuda aos israelenses e o afastamento de empresas vinculadas à Israel. Alguns manifestantes também são acusados de adotar uma postura discriminatório contra os judeus.
Foto Destaque: reeleição de Joe Biden pode sofrer com protestos pró-palestinos em universidades americanas (Reprodução/Anna Moneymaker/GettyImages Embed)