O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou o fim nos sigilos de 100 anos impostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o primeiro deles já veio á público na manhã desta quarta-feira (11): as visitas da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro.
Com isso, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) divulgou que o primeiro sigilo é uma listagem das visitas que a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, recebeu no Palácio da Alvorada, em Brasília, no período entre 2021 e 2022. Na relação que foi posta sob um sigilo de 100 anos, ao todo, ela recebeu 565 pessoas na residência oficial da Presidência.
Segundo o jornal “Estadão”, entre os que mais visitaram Michelle estão um pastor evangélico, uma cabeleireira e uma personal stylist. A pessoa que mais visitou a ex-primeira dama foi Nídia Limeira de Sá, diretora de Acessibilidade e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação. Ela visitou a residência 51 vezes, o que equivale a cerca de quatro visitas por mês.
Michelle Bolsonaro ao lado de Nídia Limeira de Sá. (Foto:Reprodução/Instagram)
O segundo que mais visitou Michelle foi o pastor da igreja Batista Atitude em Brasília, Claudir de Goes Machado, ele esteve na Alvorada 31 vezes no último ano. Na sequência, vêm Juliene Ribeiro da Cunha, cabeleireira, que esteve na residência 24 vezes e Cynara Araújo Resende Boechat, estilista, que visitou a ex-primeira dama em 5 oportunidades.
Foto do pastor Claudir Machado ao lado de Michelle Bolsonaro. (Foto:Reprodução/Facebook)
A listagem conta também com nomes: Marion Costa de Bom (24 vezes); Elizângela Ramos de Souza Castelo Branco (24 vezes); Beatriz Ferreira de Souza (19 vezes); Silene de Jesus Mendes Borges (13 vezes); Mariana Mendes Freitas Ávila (11 vezes); Luana Siqueira Leal Suza (11 vezes); Silvana de Fátima Neitzke (11 vezes); Fernanda Moreira Pereira (8 vezes); Dannia Vasconcelos (5 vezes) e Tiago Ximenes Amâncio Genova (5 vezes). Essa lista foi obtida pelo jornal Estadão.
Essas informações dos visitantes de Michelle Bolsonaro foram requisitadas pela primeira vez por um cidadão com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), mas o pedido foi negado e colocado em sigilo de 100 anos, alegando serem informações pessoais.
Entretanto, no dia 1o de janeiro, Lula assinou um decreto pedindo a revisão dos sigilos de Bolsonaro pela CGU (Controladoria-Geral da União). No caso dos visitantes, o GSI liberou as informações antes da Controladoria terminar a análise.
Foto Destaque: Michelle Bolsonaro, ao lado do ex-presidente da República, Jair. Reprodução/Evaristo Sá/AFP