O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou no sábado que uma incursão terrestre em Gaza representa o início de uma segunda fase no conflito com o grupo extremista Hamas, e enfatizou que essa fase seria de longa e duração. Em uma coletiva de imprensa, ele também anunciou o compromisso de realizar todos os esforços possíveis para libertar mais de 200 reféns comprometidos pelo grupo, e especificamente que o gabinete de guerra discutiu a possibilidade de uma troca por prisioneiros palestinos.
Benjamin Netanyahu afirmou que aqueles que o acusam de cometer crimes de guerra são hipócritas. Além disso, Yoav Gallant, ministro da defesa de Israel, informou que o país está intensificando os ataques e acredita que aumentar a pressão sobre o Hamas aumenta a probabilidade de liberação dos reféns.
Continuação do conflito
As forças israelenses continuam presentes na Faixa de Gaza, conduzindo sua operação terrestre mais abrangente desde o início do conflito, que teve início em 7 de outubro. Esta intervenção ocorre num contexto de crescente pressão internacional por uma interrupção dos ataques. Na sexta-feira, a ONU aprovou uma resolução de caráter simbólico, solicitando uma trégua humanitária e o fornecimento de assistência e acesso à Faixa de Gaza para proteger os cidadãos.
Tanque de Israel em Gaza. (Reprodução: foto/Aris Messinis/AFP).
Na madrugada deste sábado, as Forças de Defesa de Israel anunciaram ter realizado ataques a 150 alvos específicos pertencentes ao Hamas. Esses ataques resultaram na destruição de túneis, instalações de combate subterrâneas e outras infraestruturas do grupo localizadas no norte da Faixa de Gaza.
Combate intensivo
Os militares disseram que vários membros do Hamas foram mortos durante as operações. Além disso, as Forças de Defesa de Israel informaram que ampliaram suas atividades terrestres na região norte de Gaza, conforme evidenciado por um vídeo que mostra tanques sendo movidos na área. O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, declarou a intenção de Israel de aumentar os esforços humanitários, permitindo a entrada de caminhões com alimentos, medicamentos e água na região sul de Gaza.
Os líderes do Hamas foram alvo de ações da Defesa israelense, incluindo o chefe da ala aérea do grupo, Asem Abu Rakaba, que, segundo relatos, coordenou uma invasão aérea com parapentes em 7 de outubro.
Além disso, Ratib Abu Tzahiban, comandante das Forças Navais da Brigada da Cidade de Gaza do Hamas, foi morto, com Israel alegando que ele tentou realizar uma incursão naval em 24 de outubro. Israel também respondeu a ataques de foguetes do Hezbollah lançados em direção ao seu território, atacando bases do grupo no Líbano.
Foto Destaque: O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste sábado (28) que a operação por terra em Gaza inicia a '2ª fase da guerra' ao Hamas. Reprodução: foto/Abir Sultan/AP.