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Presidente de Portugal reconhece culpa pela escravidão e fala em reparação ao Brasil

Marcelo Rebelo de Sousa, o atual presidente de Portugal, reconhece pela primeira vez, a culpa do país acerca da escravidão e massacre em território brasileiro

24 Abr 2024 - 13h50 | Atualizado em 24 Abr 2024 - 13h50
Presidente de Portugal reconhece culpa pela escravidão e fala em reparação ao Brasil Lorena Bueri

Durante conversa com correspondentes estrangeiros na noite de terça-feira (23), o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu a responsabilidade de seu país por crimes cometidos contra africanos e brasileiros durante a colonização no Brasil. Nas palavras de Rebelo de Sousa, Portugal “assume total responsabilidade pelos danos causados”, como, massacres a indígenas, a escravidão de africanos e bens saqueados destes povos.  “Temos que pagar os custos (pela escravidão). Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos?”, declarou. O político sugeriu reparações pela escravidão, porém não especificou como será feito.

Posicionamento do presidente português

Em 2023, Rebelo defendeu que Portugal deveria pedir desculpas pelo período de escravidão. Entretanto, esta é a primeira vez que um líder português reconhece a culpa pelos crimes cometidos no período colonial brasileiro. O movimento de pagar reparações ou tomar outras medidas pela escravidão ocorrida no período entre os séculos XVI e XIX,  vem ganhando força em todo o mundo. E inclui, também as ex-colônias britânicas nos esforços para determinar um tribunal especial, objetivando discutir sobre essa questão e combater o racismo sistêmico.


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Ilustração da rotina dos africanos e indígenas escravizados no Brasil (Foto: reprodução/ Pictorial Parade/Getty Images Embed)


Escravidão no Brasil-colônia

No período colonial, o reinado português chegou a dominar países na África, (dentre os quais, Açores, Madeira, Cabo Verde,  São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola, Timor Leste) e Índia (Cochim, Goa e Colombo). Seguindo pesquisas históricas, Portugal traficou pelo menos 12,5 milhões de africanos. Esses africanos foram sequestrados em seus países e transportados a força, por longas distâncias, em navios com péssimas condições de higiene e alimentação. Os sequestrados que sobreviviam à viagem eram vendidos como escravos por comerciantes europeus, para trabalharem em plantações nas Américas, principalmente no Brasil e no Caribe.

Foto destaque: presidente Marcelo Rebelo de Sousa (Reprodução/Rodrigo Antunes/Reuters)

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