Em meio às devastadoras enchentes que assolam Porto Alegre, um corredor humanitário emergencial foi criado para atender as regiões atingidas. Os trechos utilizados estão localizados entre a Rua da Conceição e a Avenida Castelo Branco, nas proximidades da Rodoviária de Porto Alegre. Neste corredor, podem circular caminhões-pipa, veículos de doações, viaturas e ambulâncias. Cerca de 20 mil veículos de emergência já passaram pelo local.
Operação do Corredor
A Prefeitura de Porto Alegre liberou o caminho na sexta-feira (10) com o propósito de permitir que veículos com materiais essenciais circulassem com mais facilidade pela cidade. Ambulâncias e viaturas também circulam livremente pelo trecho entre a Rua da Conceição e a Avenida Castelo Branco. Essa ação visa não apenas fornecer suporte às vítimas das enchentes, mas também garantir o abastecimento de serviços essenciais, como oxigênio, água, alimentos e equipamentos de emergência, além de desafogar o tráfego na RS-118, que é um dos principais acessos à região metropolitana. Cerca de 20 mil veículos já passaram pelo local, sendo 2,4 mil nas primeiras 24 horas de operação.
Vista aérea de Porto Alegre-RS após cheia do Rio Guaíba (Reprodução/Ramiro Sanchez/Getty Images embed)
Desafios e Respostas
Para a criação do corredor, foi necessária a demolição de uma passarela para viabilizar o trânsito de veículos de grande porte. Segundo o prefeito Sebastião Melo (MDB), quando as águas baixarem, será construída uma nova passarela no local para atender a população. O corredor emergencial tem 400 metros de extensão e opera em pista única, porém com fluxo nas duas direções, conectando-se à BR-290. Agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) monitoram a via.
No entanto, enquanto as águas não baixam, a prefeitura providenciou a construção de barricadas improvisadas para tentar conter o avanço das águas em pontos críticos da cidade. Segundo o Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic), o Rio Guaíba superou pela segunda vez a maior marca registrada em 1941; o lago nesta segunda-feira atingiu 5,01 metros.
Desde o início das enchentes, foram confirmadas 147 vítimas fatais, sendo duas localizadas nesta última segunda-feira (13). Há registro de 127 pessoas ainda desaparecidas.
Foto destaque: obras do corredor humanitário RS (Reprodução/x/@SebastiãoMelo)