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Polícia prende sete pessoas envolvidas em atos racistas contra Vini Jr. na Espanha

Polícia espanhola prende sete pessoas envolvidas no ato racista durante partida de futebol no domingo (21/05) contra o jogador Vini Jr, a investigação foi aberta por crime de ódio depois que um boneco vestindo a camisa 20.

23 Mai 2023 - 21h19 | Atualizado em 23 Mai 2023 - 21h19
Polícia prende sete pessoas envolvidas em atos racistas contra Vini Jr. na Espanha Lorena Bueri

Nesta terça-feira (23) a polícia espanhola confirmou a prisão de sete envolvidos no caso de racismo do jogador Vinicios Junior, três dessas pessoas detidas foram presas em Valência, estavam ligadas diretamente ao ato, quando a partida precisou ser paralisada quando ocorreu os gritos de “macaco” diretamente ao jogador brasileiro.

Foi anunciado pelo órgão: “A Polícia Nacional deteve hoje três jovens em Valência por comportamento racista ocorrido no passado domingo no jogo entre Valencia e Real Madrid”.


Vinicius Jr jogador do Real Madrid (Reprodução/Twitter)

 


Fora as três prisões ocorridas na cidade de Valência, o que durou pouco tempo, uma vez que horas depois os prisioneiros foram liberados após o depoimento, foram presos outras quatro pessoas em Madri, a prisão foi motivada devido à um caso de crime de ódio também relacionado à Vinicius JR, ao qual um boneco com sua camisa fora pendurado em uma ponte no mês de janeiro.

O presidente da Federação Espanhola de Futebol afirmou com relação ao país que este estava atravessando por um problema de racismo, um dia após esta declaração ocorreram essas prisões.

Após o ocorrido, foi aberta uma investigação por crime de ódio. O jovem Vinicius Jr. de 20 anos teve sua camisa pendurada em uma ponte em frente ao centro de treinamento do Real Madrid, juntamente com uma faixa com as cores vermelha e branca do Atlético Madrid, com a seguinte frase “Madrid odeia o real”.

Após o jogador do real Madrid ter sofrido com ofensas raciais, Vinicius Jr. se pronunciou por meio de suas redes sociais, dizendo que o ato foi desumano e que os patrocinadores e emissoras deveriam responsabilizar a LaLiga.

Após a prisão, foi constatado pela polícia que três dos quatro homens presos faziam parte de um “grupo radical de torcedores de um clube de Madri”. Os prisioneiros foram o mais rápido possível identificados e classificados como “alto risco”, a fim de ajudar a prevenir a violência no esporte.

Devido o ocorrido vem havendo grande pressão sobre a LaLiga para que haja mais ação com relação ao combate do racismo.

A organização se pronunciou em um comunicado nesta terça-feira, “de acordo com a lei espanhola, a LaLiga só pode detectar e denunciar, mas não sancionar”, e instou as autoridades espanholas a dotarem-na de “poderes sancionatórios para poder combater o racismo mais efetivamente”.

De acordo com a organização também “LaLiga sente uma tremenda frustração com a falta de sanções e condenações por parte dos órgãos disciplinares esportivos, administrações públicas e órgãos jurisdicionais aos quais são feitas reclamações”.

O fato ocorreu anteriormente ao jogo do Real Madrid e Atlético Madrid nas quartas de final da Copa do Rei, ao fim do mês de janeiro.

Foto Destaque: Vinicius Jr sofre racismo nas quartas de finais da Copa do Rei. Reprodução/Twitter

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