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Polícia Federal investigará caso de pacientes infectados com HIV após transplante de órgãos

Pacientes Infectados Estavam na Fila do Transplante da Secretaria Estadual de Saúde do RJ

12 Out 2024 - 16h45 | Atualizado em 12 Out 2024 - 16h45
Polícia Federal investigará caso de pacientes infectados com HIV após transplante de órgãos Lorena Bueri

A Polícia Federal vai apurar o caso de seis pacientes no Rio de Janeiro que receberam órgãos contaminados com HIV, de acordo com o Ministério da Justiça. Os pacientes aguardavam transplante na Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), e especialistas consideram o caso inédito no Brasil.

Inquérito e investigações em andamento

A investigação também envolve o Ministério da Saúde, Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Polícia Civil e Conselho Regional de Medicina (Cremerj). O Sistema Nacional de Transplante adota critérios rigorosos para o rastreamento de doadores, seguindo normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que exigem testes de sorologia para HIV, hepatites e outras infecções. A fiscalização encontrou irregularidades: o PCS não apresentou kits de teste, notas fiscais ou registros de compra, e a Polícia investiga se os exames foram realmente realizados. O caso, revelado pela rádio BandNews FM e confirmado pela TV Globo, ainda trouxe à tona possíveis conflitos de interesse. Um dos sócios do laboratório, Matheus Vieira, é primo do ex-secretário de Saúde do estado, Dr. Luizinho, que atualmente é deputado federal pelo PP. A contratação do PCS para serviços de análise laboratorial ocorreu em dezembro de 2023, por meio de um pregão, e resultou em um contrato de R$ 11 milhões para testes em transplantes, assinado apenas três meses após a saída de Dr. Luizinho da secretaria estadual de Saúde. 


Notícia dobre os órgãos infectados (Foto: reprodução/Instagram/@folhadesaopaulo)



Anvisa e o caso dos órgãos contaminados

O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, qualificou o incidente como "gravíssimo" e ressaltou os riscos para a confiança dos pacientes em condição de saúde delicada. "Situação gravíssima que aumenta ainda mais a aflição dos pacientes", declarou Barra Torres. O laboratório Patologia Clínica Doutor Saleme (PCS-Saleme), responsável pelos testes dos órgãos contaminados, está sob investigação. Entre seus sócios estão Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, primo do ex-secretário de Saúde e atual deputado federal Doutor Luizinho, e Walter Vieira, casado com a tia do deputado. A empresa recebeu quase R$ 20 milhões entre 2022 e 2024, incluindo pagamentos para UPAs sem contratos formais, utilizando termos de ajuste de contas (TACs), medida considerada excepcional pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Dados do Portal da Transparência apontam que o laboratório recebeu valores significativos desde agosto de 2022. O TCE destacou que TACs, utilizados para justificar esses pagamentos sem contrato, devem ser aplicados de forma excepcional, com cautela na administração pública.


Foto destaque: Transplante de órgãos (Reprodução/Sturti/ Getty Image Embed)

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