Foram 10 dias de apreensão para uma família de Santa Catarina por conta do desaparecimento de uma criança de apenas 2 anos de idade. As investigações da polícia civil levaram ao paradeiro da criança em São Paulo.
Segundo a família da criança, houve um aliciamento por redes sociais feita por um casal de São Paulo, Marcelo Valverde e Roberta Porfírio, no qual aproveitando de uma fragilidade psicológica da mãe da criança, a convenceu a entregar para eles o filho. Segundo o irmão da vítima, sua irmã sofre desde a adolescência de crises de ansiedade e teve depressão pós-parto, e trata-se desde então, portanto, para a família, o casal se aproveitou de um momento de fraqueza psicológica da irmã e a convenceu a entregar a criança.
Em entrevista a uma rede de televisão, o irmão disse que "Minha irmã foi mãe muito nova, muito jovem, com 19 anos. Ela teve a primeira crise de ansiedade aos 14, então já é uma bala emocional. Aí isso já vem há bastante tempo na vida dela, e ela vem tratando. Só que a depressão pós-parto fez isso reavivar. Então, ela realmente acabou cedendo a essas emoções e aconteceu o que aconteceu"
A polícia civil de Santa Catarina afirmou em coletiva de imprensa que a mãe da criança realmente sofre de distúrbios psicológicos e que realmente houve aliciamento através de redes sociais, por Marcelo e Roberta. O casal foi preso em Tatuapé, na capital de São Paulo. Na coletiva, a delegada responsável pelo caso disse que "Pelo o que a gente sabe, as conversas começaram em grupos de apoio a mães de primeira viagem. Nesse sentido, a gente vê que foi realmente com o intuito de sequestrar a criança. Nunca ouvimos falar em nenhuma dessas pessoas.”
Casal Roberta e Marcelo sendo presos em São Paulo - (Foto:reprodução/Twitter)
A criança ficou desaparecida por 10 dias, entre os dias 30 de abril e 8 de maio, e no período em questão, a mãe esteve internada em um hospital catarinense para tratar uma intoxicação por conta de medicamentos. O irmão afirma que ela já obteve alta do hospital.
O irmão afirma que não foi por conta de dinheiro que a irmã entregou a criança ao casal.
A Polícia civil continua as investigações e segue a linha de que pode ter havido uma vantagem financeira para a mãe, e diz que a partir de agora vai pedir a quebra do sigilo bancário de todas as pessoas envolvidas no caso.
Também foi dito pela delegada responsável que a criança tem apenas em sua certidão de nascimento o nome da mãe, e está a procura do pai para obter o depoimento deste.
A criança retornará para Santa Catarina onde vive a família, porém sem data ainda marcada, pois depende do poder judiciário de São Paulo, onde a criança está internada em um abrigo para menores. O MP de Santa Catarina já está ingressando uma ação para o retorno da criança para Florianópolis, onde sua família mora.
Foto Destaque: Polícia de São Paulo – Foto: reprodução/Twitter