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Polícia Civil de São Paulo apura crimes de executivos da SouthRock durante processo de reestruturação

Executivos da empresa que é responsável pelo uso da marca global Starbucks no Brasil são investigados por falsificar documentos para obtenção de empréstimos milionários

26 Fev 2024 - 09h08 | Atualizado em 26 Fev 2024 - 09h08
Polícia Civil de São Paulo apura crimes de executivos da SouthRock durante processo de reestruturação Lorena Bueri

A Polícia Civil de São Paulo está investigando executivos da empresa SouthRock, detentora dos direitos da marca Starbucks Coffe no Brasil, além de outras marcas, por falsidade ideológica, estelionato e apropriação indébita contra credores na contratação de empréstimos e alterações em documentos após a declaração de recuperação judicial que a marca passa no país. Desde novembro de 2023, a securitizadora Travessia e a Ibiuna Investimentos, iniciaram o processo na justiça paulista.

A investigação da Polícia apura se um empréstimo de 75 milhões de reais teria sido feito após documentos de balanços financeiros tivessem sido alterados. Os investigados são o fundador da SouthRock, Kenneth Pope e o diretor e o gerente financeiro do grupo, Fábio Rohr e Marcos Jesus de Carvalho, respectivamente. As empresas que fizeram a acusação, a securitizadora Travessia e Ibiuna Investimentos, foram as responsáveis por disponibilizar e facilitar a operação de empréstimo.

Investigação policial

Documentos do processo obtidos pelo jornal O Globo, mostram que os executivos teriam falsificado documentos financeiros     para obter vantagens ilegais dos credores durante o processo de reestruturação. Na segunda-feira (19) foi adicionado ao litígio documentos que comprovam a obtenção de um empréstimo feitos em nome da empresa, pelos executivos investigados de 20 milhões de reais e que teria sido ocultada da justiça.

Os advogados da Travessia denunciam que os valores foram obtidos para benefício próprio dos executivos da SouthRock, e querem que a justiça afaste Pope da direção do grupo, até que a investigação seja concluída. Segundo eles, o empréstimo obtido em nome da SouthRock foi feito vantagem pessoal e lesou os credores e alegam que essa fraude aconteceu com a concordância do diretor Fábio Rohr, responsável por autorizar todas movimentações financeiras do grupo.

Outros crimes

Além da falsidade na documentação, outro crime investigado pela Polícia Civil paulista é de que a SouthRock teria ocultado algumas dívidas entre as empresas do grupo. Entre os valores escondidos, estariam dois Certificados de Recebíveis Imobiliários, CRIs, que tem o valor de 66 milhões de reais. Estes documentos estavam ausentes do balanço financeiro final do grupo para a conseguir o empréstimo junto aos credores.

A acusação também demonstra que relatórios e organogramas foram enviados de maneira incorretas e incompletas de propósito, ocultando dívidas de outras empresas do grupo SouthRock. Se somadas, foram escondidas 400 milhões de reais em dívidas.


Starbucks

A detentora da marca Starbucks no Brasil, SouthRock, pediu reestruturação judicial em 2023 (Foto:reprodução/X/@OGlobo)


Royalties supostamente adulterados

Por ser apenas detentora para uso da marca global Starbucks no Brasil, a SouthRock tem periodicamente um valor ligado a royalties a matriz e nos documentos obtidos pela investigação, mostram a diferença de 42,1 milhões de reais no balanço da empresa. Ao invés de repassar e declarar a o valor total de 63 milhões, o que constava em documentos seria 21,3 milhões de reais.

Nota da SouthRock

A nota enviada ao jornal O Globo, a SouthRock nega as acusações e declara que esse novo pedido de investigação feita pelos credores é uma forma de “justificar para investidores operações de créditos” pedidos por eles.

Sobre o suposto desvio de 20 milhões de reais, a empresa esclarece “que os valores constam no balanço da empresa e no imposto de renda do sócio”. A SouthRock garante que toda a movimentação financeira está documentada e foi feita em períodos anteriores ao pedido de reestruturação na justiça brasileira.

 

Foto Destaque: em crise, Polícia Civil apura possíveis crimes de executivos da SouthRock (Reprodução/X/@Golobo)

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