A Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (4) revelou que 51% dos eleitores entrevistados acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser punido por questionar a integridade das urnas eletrônicas. Caso condenado, Bolsonaro perderia os direitos políticos e ficaria inelegível por oito anos.
Outros 45% consideram que o ex-mandatário é inocente e deveria ser liberado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para concorrer nas próximas eleições.
No total, foram ouvidas presencialmente 2.028 pessoas de 16 anos ou mais em 126 municípios brasileiros. As entrevistas ocorreram entre 29 e 30 de março e a pesquisa possui uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
No dia 27 de março, o TSE ouviu o depoimento das testemunhas de defesa de Bolsonaro em ação que pode levar à inelegibilidade (Foto: Reprodução/ Fabio Rodrigues Pozzebom)
Elegibilidade em jogo
Jair Bolsonaro é alvo de ações na corte eleitoral que podem torná-lo inelegível.
O processo mais avançado na Justiça é o movido pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que investiga Bolsonaro por suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação após reunião do ex-presidente com embaixadores em Brasília, em 18 de julho do ano passado. Na ocasião, Bolsonaro levantou suspeitas sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro e das urnas eletrônicas.
Em fevereiro, o Superior Tribunal Federal (STF) começou a enviar para instâncias inferiores casos em que o ex-mandatário figura como parte, devido à perda do foro privilegiado.
O caso dos presentes sauditas é a frente de batalha mais recente do ex-presidente com a Justiça. No episódio, o governo Bolsonaro tentou trazer de maneira irregular ao Brasil joias avaliadas em R$ 16,5 milhões.
Governo Lula é aprovado por mais de 30%
Em relação ao atual governo, a primeira pesquisa Datafolha mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 38% dos eleitores brasileiros e reprovado por 29%. Outros 30% consideram regular e 3% não souberam responder. Os dados são referentes aos primeiros três meses de governo.
Foto Destaque: Reprodução/ Marcelo Camargo