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Palestina é vetada pelos EUA como Estado independente pela ONU

Nesta quinta-feira (18), projeto de votação EUA vetou em reconhecimento a Palestina de se tornar um membro pleno no Conselho de Segurança da ONU

19 Abr 2024 - 12h52 | Atualizado em 19 Abr 2024 - 12h52
Palestina é vetada pelos EUA como Estado independente pela ONU Lorena Bueri

Os americanos afirmam que o veto à participação da Palestina na ONU se dá por conta dos EUA não aceitarem a forma que a decisão esta sendo tomada e alegam isso que não deveria ser feito por uma votação e sim por negociação entre Israel e autoridades palestinas. O projeto apresentado pela Argélia ao Conselho de Segurança da ONU é para o reconhecimento da Palestina como um membro pleno, apoiado por 12 países, exceto os EUA, como integrante permanente da ONU. 

Não é a primeira vez que isso acontece. A primeira votação foi em 2011, mas não tiveram apoio mínimo no Conselho de Segurança, pois era preciso ter 9 votos dos 15 membros e nenhum veto. O texto do projeto dessa segunda tentativa dizia que a Assembleia Geral podia permitir que novos membros, como o Estado da Palestina, fossem membros plenos, mas só se dois terços dos integrantes gerais aprovassem na votação do Conselho. Atualmente a Palestina já tem o reconhecimento necessário de 139 dos 193 países que concordam na ONU. A Palestina pode argumentar e assistir reuniões, mas não podem apresentar emendas ou resoluções, por se enquadrar como um Estado Observador das Nações Unidas e desde 2011 tentando ter essa adesão.

Países que participaram da votação

O secretário geral passou o pedido para o Conselho de Segurança e foi divulgado alguns dos países que concordam com a decisão: Eslovênia, Serra Leoa, Rússia, Coreia do Sul, Moçambique, Malta, Japão, Guiana, França, Equador, China, Argélia. No entanto, quatro países têm poder de veto: China, França, Rússia, Reino Unido e EUA. Além disso, Reino Unido e Suiça se abstiveram.


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Cidadã palestina protestando na Universidade da Columbia em Nova Iork (Foto: Reprodução/Kena Betancur/Getty Images Embed)


A guerra entre Israel e Palestina

A guerra entre os dois países já dura mais de 7 meses, desde 7 de outubro do ano passado. Tirando a vida de mais de 33 mil pessoas, deixando quase 15 mil crianças mortas e fazendo com que dois milhões de pessoas larguem suas casas, Israel também aumentou a colônia na Cisjordânia.

Pelas redes sociais, Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, agradeceu aos EUA pelo veto, pois afirma que seria uma recompensa ao terrorismo do Hamas depois dos crimes cometidos aos judeus e a humanidade.

Ziad Abu Amr, representante palestino contesta a rejeição, alegando ser injusto e antiético, além de acreditar que o projeto concederia mais esperança e uma vida decente ao povo palestino, algo que, segundo ele, foi tirado deles pelo governo israelense.

Já Gilad Erdan, embaixador de Israel, falou em discurso que a Palestina não atendia aos critérios para se tornar membro pleno, por não ter um governo definido. Segundo Erdan, o atual governo da Palestina é o grupo terrorista Hamas, que, para ele, não tem capacidade de se relacionar com outros países.

O posicionamento do Brasil

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, relembrou que o país reconheceu a Palestina em 2010 e apoia suas fronteiras de 1967 de forma estratégica, soberana e independente. Ele enfatizou que esse reconhecimento traria estabilidade para o país, lembrando que a Palestina é um membro pleno com pré-requisitos em organizações regionais e internacionais na ONU há 75 anos.

Em fevereiro de 2024, durante uma visita ao Cairo, o Presidente Lula comentou sobre a importância do reconhecimento da Palestina como membro pleno da ONU, declarando que não há mais desculpas para a negativa. O Ministro das Relações Exteriores, em consonância com essa posição, defendeu um cessar-fogo em Gaza, acompanhado de ajuda humanitária, expressando preocupação e solicitando a libertação das vítimas, incluindo judeus e brasileiros feitos reféns pelo Hamas.

Foto Destaque: cidadão israelense protestando em Nova Iork contra palestina (Foto: Reprodução/Spencer Platt/Getty Images Embed)

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