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PCDF conclui fraude de documentos no caso de Jair Renan Bolsonaro

A Polícia Civil do Distrito Federal revela que as fraudes, elaboradas pelo Jair Renan Bolsonaro e seu grupo, criavam identidades fictícias e empresas de fachada

16 Fev 2024 - 16h32 | Atualizado em 16 Fev 2024 - 16h32
PCDF conclui fraude de documentos no caso de Jair Renan Bolsonaro Lorena Bueri

Após uma extensa investigação, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu que o filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, e seu grupo estão envolvidos em uma fraude elaborada. Segundo as autoridades, o grupo criou uma identidade fictícia, Antonio Amancio Alves Mandarrari, com documentos falsos, para obter empréstimos em bancos privados.

O inquérito revelou que Maciel Alves, sócio e instrutor de tiro de Renan, e um comparsa foram responsáveis por fabricar essa identidade fictícia. Essa pessoa sem existência legal foi utilizada para abrir contas bancárias e figurar como proprietária de diversas empresas, servindo como "laranja" para ocultar os verdadeiros donos.


Jair Renan e advogado Frederick Wassef

Frederick Wassef, advogado de Jair Renan, o acompanha até a Superintendência  da Polícia Federal, em Brasília (Fonte: reprodução/Cristiano Mariz/O Globo)


Associação criminosa na mira da PCDF

A investigação da Delegacia de Repressão a Crimes de Ordem Tributária (DOT), do Departamento de Combate à Corrupção (Decor), revelou a existência de uma associação criminosa com estratégias complexas. O esquema envolvia a criação de empresas de fachada e o uso de "laranjas" para obter vantagens econômicas ilícitas. Além da criação de identidades fictícias, os investigados falsificaram relatórios de faturamento e outros documentos das empresas, utilizando dados de contadores sem autorização, com o objetivo de alterar os valores reais das empresas.

Indícios de lavagem de dinheiro

A investigação da PCDF também levantou suspeitas de movimentações financeiras suspeitas e possíveis transferências de valores para o exterior entre os envolvidos no caso. Os investigadores estão focados em desvendar os três principais eixos do esquema criminoso: a utilização de "laranjas" para ocultar os verdadeiros proprietários das empresas, a obtenção indevida de vantagens econômicas e possíveis crimes fiscais.

Diante das provas, Jair Renan e Maciel Alves foram indiciados por falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Até o momento, a defesa de Jair Renan optou por não comentar o caso, enquanto o advogado de Maciel Alves não foi localizado para prestar declarações. A reportagem segue em busca de contato com Marco Aurelio Rodrigues, cuja academia de tiro esteve envolvida no esquema investigado pela PCDF.

Foto destaque: Jair Renan Bolsonaro é flagrado com contas fraudulentas (Reprodução/Leco Viana/Agência O Globo)

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