Equipes de resgate conseguiram salvar nesta terça-feira (28) os 41 trabalhadores que estavam presos na obra de um túnel no Himalaia que desmoronou há 17 dias. O trabalho exigiu cuidado para preservar a estrutura; foram colocados tubos para ventilação e passagem de alimentos para os operários até a chegada ao local até a chegada das equipes de resgate ao local.
Estado de saúde dos trabalhadores
Os operários resgatados estavam em bom estado de saúde, uma vez que conseguiram receber mantimentos básicos para se manter durante a longa espera de 17 dias. Além disso, o local onde ficaram presos era em uma parte mais ampla do túnel aberto para a obra, com quase oito metros de altura.
A preocupação das equipes de resgate, além da condição física dos trabalhadores, era também em relação ao estado emocional enquanto aguardavam a saída. Por isso, chegaram a enviar tacos e bolas de críquete para que tivessem uma atividade.
Trabalhadores sendo recebidos por autoridades e pela imprensa após o resgate (Foto: reprodução/Departamento de Informação e Relações Públicas (DIPR) de Uttarakhand/AFP/Istoé)
Causas do acidente
A razão do desabamento ainda está sob investigação pelas autoridades locais, mas o que se sabe é que a região é propensa a deslizamentos e abalos sísmicos. Inclusive, a obra é alvo de críticas por parte de especialistas na área ambiental.
A Justiça da Índia chegou a determinar a paralisação do projeto em 2020 em razão da falta de um estudo completo sobre o impacto ambiental. Em 2021, houve a liberação da construção, mas uma comissão que acompanha o projeto alertou o Judiciário de que o governo não estaria cumprindo as determinações.
A obra prevê a construção de uma rodovia com mais de 800 quilômetros de extensão, que deve interligar os principais templos do país. As construções iniciaram em 2018, com previsão inicial para conclusão em 2022, mas foram prorrogadas até 2024. O custo total do projeto é de cerca de U$ 1,5 bilhões, o que equivale a cerca de R$ 7,3 bilhões, um dos maiores já feitos na Índia.
Foto Destaque: ambulâncias na frente do túnel que desabou no Himalaia (Reprodução: Sajjad Hussain/AFP/Joven Pan)