Parte do Brasil enfrenta nesta semana a terceira onda de calor do ano, que deve durar em partes diferentes do país até a próxima semana. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirma que cinco estados estarão dentro desse domo de calor, que também é chamado o fenômeno. Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo, são os locais onde terão as maiores temperaturas neste fim de semana. O Rio de Janeiro deverá ter o ápice do evento na segunda-feira (17).
O que é onda de calor
Para ser considerada onda de calor, os meteorologistas afirmam que é necessários dois fatores preponderantes: que uma massa de ar quente e seco se encontre com bloqueios atmosféricos, ocasionando no local formado temperaturas de pelo menos cinco graus Celsius por pelo menos cinco dias consecutivos. O Inmet diz que o aumento de cinco graus na média mensal já é considerado onda de calor.
Mais comum na primavera e início do verão
As ondas de calor são mais comuns na primavera, que é uma estação de transição para o verão e com a aproximação do período mais quente, faz com que as massas de ar quente e seco sejam mais preponderantes nessa época. Devido a diversos fatores climáticos, como desmatamento, mal uso da terra para plantio e as mudanças climáticas no planeta, esse evento vem se tornado comum em outras épocas do ano.
O planeta Terra nessa época está mais próximo do sol, e com isso mais exposta ao calor, devido a proximidade do verão. Nesse período as altas temperaturas ocorrem por conta das faltas de chuvas e menos nuvens.
Como são formadas
A cúpula ou domo de calor são criadas a partir da junção de uma massa de ar quente e seco com os bloqueios atmosféricos, criando uma área de alta pressão que faz com que o calor predomine e fique na região em que foi formado por vários dias, aumentando as temperaturas bem acima da média.
Durante esse fenômeno as massas de ar quente ficam presas na atmosfera, e não deixam as frente frias se aproximarem, criando uma espécie de escudo ou domo no local, criando uma redoma e as desviando para o oceano. O ar quente consegue dissipar as nuvens de chuvas e faz com que o clima permaneça quente.
Exemplo de como se forma uma cúpula ou domo de calor (Foto: reprodução/X/@PaolaGBueno)
El Niño
Nesse último ano foi formado o El Niño, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico. Ele está sendo um dos responsáveis para deixar o ar mais quente e seco, com isso aumentando as temperaturas. Existe uma previsão de que esse fenômeno acabe em junho e se forme a partir daí, a La Niña, que faz com que as águas do Pacífico sejam resfriadas. Modelos climáticos europeus afirmam que ela começará já no fim de maio, tendo o ápice em junho e julho.
Ondas de calor mais frequentes
Os meteorologistas afirmam que a cada década esses fenômenos estão sendo mais comuns. Aquecimento global, mudanças climáticas, desmatamento, estão fazendo com que cada vez mais se torne mais corriqueiro esses eventos climáticos. Só neste ano o Brasil já teve três ondas de calor. No ano passado foram nove ondas, contabilizadas pelo Inmet.
Foto Destaque: onda de calor atinge Brasil até o fim do verão na próxima semana (Reprodução/X/@Metsul)