Uma onda de protestos começou a tomar conta de Tel Avive Jerusalém no último domingo (26) após o primeiro minitro israelense, Benjamin Netanyahu, demitir o ministro da defesa, Yoav Gallant, depois de seu pedido de pausa no esforço do governo para retomar o sistema judiciário de Israel
Yoay Galant (Foto: Reprodução/Gazeta Brasil)
“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu remover o ministro da Defesa, Yoav Galant, de seu cargo”, disse o comunicado.
A medida que a notícia da demissão foi chegando a público, milhares de manifestantes, muitos deles com bandeiras azuis e brancas de Israel, foram às ruas de Tel Aviv e Jerusalém.
Em Tel Aviv, os manifestantes se aglomeraram na rodovia central de Israel, Ayalon, impedindo o trajeto de veículos por horas.
Já em Jerusalém, multidões se reuniram ao lado de fora da residência de Netanyahue e romperam o cordão de segurança.
Três meses após assumir o cargo, a coalizão nacionalista religiosa de Netanyahu entrou em crise sobre as amargas divisões expostas por seus principais planos de revisão judicial.
“A segurança do Estado não pode ser uma carta no jogo político. Netanyahu cruzou a linha vermelha esta noite”, afirmaram os líderes da oposição Yair Lapid e Benny Gantz.
Ambos solicitaram aos membros do partido Likud de Netanyahu que não participem do “esmago da segurança nacional”. Ao comunicar a demissão de Gallant, o escritório de Netanyahu não nomeou um substituto até o momento.
No começo deste mês, o presidente Isaac Herzog, o chefe de Estado que deveria permanecer sobre a política, afirmou que o país enfrentaria um “desastre” a não ser que um consenso com maior amplitude pudesse ser alcançado para reformar o judiciário.
Os Estados Unidos disseram estar profundamente preocupados e alarmados com os eventos relatos no último domingo (26) e veem uma necessidade urgente de acordo, ao mesmo tempo em que reiteram apelos para salvaguardar os valores democráticos.
Foto destaque: Protesto em Jerusalém. Reprodução Poder 360