Moraes defende o uso de policiais com armamento mais pesado para o combate contra as milícias e o crime organizado no Rio de Janeiro. Durante uma sessão do STF nesta quarta-feira (05), ele disse que: “Qualquer operação contra milícias, contra o tráfico de drogas, me parece óbvio que o armamento a ser utilizado é o armamento mais pesado possível que a polícia tenha.”
Conheça a ADPF
A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas é uma ação que debate sobre o excesso de uso da força policial durante seus chamados, principalmente nas favelas do Rio de Janeiro. Segundo Moraes os moradores das favelas sofrem com a escravização que as milícias fazem pela área onde moram, e que se discordarem daquilo que lhes foi mandado, serão mortos, uma escravização moderna onde eles usam de força bruta, coação, armas e ameaças.
STF durante o julgamento da ADPF das favelas (Video: reprodução/YouTube/CNN)
O caso e seu julgamento
O pedido de julgamento para a ADPF partiu do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 2019,e foi acolhida por Edson Fachim em 2020, a partir disso a corte definiu medidas para reduzir que os policiais fizessem uso da letalidade em suas abordagens, incorporando o usos de câmeras junto ao colete e nas viaturas para a gravação de imagens e áudios.
Determinando assim que ações perto de creches, escolas, hospitais e postos médicos de saúde devem ser justificadas sempre para o (MP), Ministério Público. E o uso dos helicópteros nas favelas e comunidades precisa de um relatório que comprove a necessidade do mesmo.
Em 2024, em relatório divulgado pela ONG Redes da Maré, foram realizadas 42 operações na Maré com cerca de 20 pessoas mortas pelas ações policiais, e apenas 5 destas ações possuíam uma ambulância no local, com apenas 9 policiais fazendo o uso das câmeras corporais.
O governador Cláudio Castro (PL) diz que o Rio de Janeiro está sofrendo danos colaterais por conta da ADPF.
Foto destaque: Ministro Alexandre de Moraes (Reprodução/@folhadespaulo/Instagram)
