A Câmara Municipal de Nova York aprovou, nesta quinta-feira (9), o direito ao voto para os residentes da cidade que não possuem cidadania americana. De acordo com a legislação, o direito extende-se a quem tenha visto permanente e autorizações de trabalho, além dos "Dreamers" - pessoas que chegaram no país ilegalmente quando eram crianças e são protegidas pelo programa Ação Diferida Para Chegadas de Crianças, conhecido como Daca - e os beneficiários do Estatuto de Proteção Temporária (conhecido nos Estados Unidos como TPS). Todas essas pessoas poderão participar das eleições de prefeitos, vereadores, procuradores municipais e outros cargos locais da cidade.
Imigrantes menores de idade na comunidade de La Joya, Texas. (Foto: Reprodução/Hector Guerrero)
A medida, chamada de "Nossa cidade, nosso voto", teve uma vitória de 33 a 14 na votação e faz com que Nova York seja mais uma entre outras 12 cidades menores nos EUA que permitem que os imigrantes votem em eleições municipais. Segundo o vereador e imigrante da República Dominicana, Ydanis Rodríguez, em entrevista à CNN, esta é uma "mudança importante que reconhece as contribuições dos imigrantes". Ele é o principal apoiador da legislação. "De agora em diante, as pessoas que querem ser eleitas para cargos públicos terão que passar tanto tempo nas comunidades afetadas por esta legislação quanto nos bairros de classe alta", declarou Rodríguez.
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Contudo, a medida causou preocupação para alguns, como a democrata Laurie Cumbo: “Esta legislação, em particular, mudará a dinâmica de poder na cidade de Nova York de uma forma importante e não temos os números ou as informações para saber como isso afetará as comunidades afro-americanas que foram as mais vulneráveis em sua existência em Nova York", afirmou. A legislação está prevista para entrar em vigor em janeiro em 2023 e foi aprovada depois de quatro anos de tentativas fracassadas.
Foto destaque: voto nos Estados Unidos. Reprodução/Matt Sullivan/Reuters