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Ataque hacker no site do Ministério da Saúde compromete dados sobre a Covid-19, aponta especialistas

Polícia Federal investiga ataque e já identificou a conta invasora. Ainda não houve a comprovação que os dados do sistema do Ministério da Saúde e do SUS foram comprometidos

11 Dez 2021 - 18h34 | Atualizado em 11 Dez 2021 - 18h34
Ataque hacker no site do Ministério da Saúde compromete dados sobre a Covid-19, aponta especialistas  Lorena Bueri

Na madrugada de ontem, o site do Ministério da Saúde foi invadido por hackers e saiu do ar. A página do ConecteSUS, plataforma que mostra o comprovante de vacinas, além do  aplicativo, DataSUS e Painel Coronavírus foram afetados. Até o momento desta publicação, o site está ativo e a página e o aplicativo ConecteSUS continuam fora do ar.

Os usuários depararam com uma mensagem avisando que os dados do site foram copiados e apagados, além de informar que “50 TB de dados está (sic) em nossas mãos”. Hoje, o Ministério da Saúde expôs que “vários sistemas já foram restabelecidos e a expectativa é que os outros estejam disponíveis para a população na próxima semana”.

Se ocorreu o que os hackers disseram naquela mensagem, estão com os dados de todas as pessoas do Brasil. Isso pode dar problema de vazamento, venda, alteração de cadastro... Todo aquele problema de pessoas não autorizadas terem acesso aos nossos dados”, explicou Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19.


Lapsus$ Group deixa mensagem no site do Ministério da Saúde, após invasão. (Foto: Reprodução/Poder360)


O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) foram acionadas para apurarem o ataque e a pasta atua “com máxima agilidade” para restabelecer o sistema, aponta o ministério, em nota. Os riscos apontados, por conta da invasão, são a chance de perda dos dados epidemiológicos do coronavírus e no caso do Conecte SUS o acesso a informações importantes dos brasileiros, como CPF, estado vacinal, data de nascimento, entre outros. 

O coordenador da Rede Análise Covid-19 aponta que “se tiver perda dos dados de notificação de casos e óbitos, temos que torcer para que os dados nos estados continuem funcionando bem”. O ministério informa que realiza backup dos bancos de dados e que funciona para manter as informações, só que é cedo para confirmar, pois os dados podem corromper durante a importação.

A Polícia Federal já identificou a conta invasora e, como aponta a apuração da jornalista Bela Megale, colunista do O GLOBO, a investigação mostrou que dados relevantes não foram sequestrados. Conquanto, integrantes do governo apontam que houve tomada de informações.  

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Isso é extremamente grave durante uma pandemia, tanto pelos dados que precisam ser registrados, informações consultadas, emissão eletrônica de documentos, como pela confiança quanto à proteção de dados. Isso, inclusive impactou no adiamento do comprovante de vacinação de viajantes, que começaria a valer neste sábado e fragilizando ainda mais o enfrentamento da pandemia em um país que não tem implementado medidas de proteção adequadas”, revela Alexandra Boing, epidemiologista e integrante do Observatório Covid-19 BR.

A inatividade dos programas do Sistema Único de Saúde fez com que o governo federal adiasse a apresentação do comprovante de imunização para viajantes que chegam no Brasil, a medida entraria em vigor hoje (11). De acordo com a portaria, somente passará a valer no dia 18 de dezembro. 

Confira a íntegra da nota do Ministério da Saúde:

O Ministério da Saúde informa que na madrugada desta sexta-feira (10) sofreu um incidente que comprometeu temporariamente alguns sistemas da pasta, como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que estão indisponíveis no momento.  

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal já foram acionados pela pasta para apoiarem nas investigações. O Departamento de Informática do SUS (Datasus) está atuando com a máxima agilidade para o restabelecimento das plataformas.

Foto destaque: Ministério da Saúde. Reprodução/ Igo Estrela/Metrópoles

 

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