Na manhã desta segunda-feira (24), dois prédios não residenciais foram atingidos por drones em Moscou. Um dos edifícios se localiza perto da sede do Ministério da Defesa e, segundo as autoridades russas o ataque foi frustrado. Os prédios atingidos se encontram no Centro comercial de Moscou, na Avenida Likhacheva. A região da capital russa não foi atacada por drones por mais de duas semanas.
Através da rede social Telegram, o prefeito da cidade, Sergei Sobyanin, afirmou que os ataques não causaram vítimas ou grandes danos. Os atentados ocorreram depois da promessa de retaliação após ataques a Odessa, cidade ucraniana.
Ataques em Odessa
Na madrugada de domingo ocorreu em Odessa, o ataque a uma catedral histórica deixou um morto e dezenove pessoas feridas. Zelensky prometeu retaliação. A catedral foi consagrada em 1809 e pertence à igreja ortodoxa ucraniana, ligada a Moscou. O ministério de Defesa da Rússia nega ter atingido a catedral, porém relatou ataques na área de Odessa.
No Twitter, Zelensky se pronunciou: “Mísseis contra cidades pacíficas, contra prédios residenciais, uma catedral... Não pode haver desculpa para o mal russo. Como sempre, esse mal vai se perder. E definitivamente haverá uma retaliação aos terroristas russos por Odesa. Eles vão sentir essa retaliação”.
Missiles against peaceful cities, against residential buildings, a cathedral... There can be no excuse for Russian evil. As always, this evil will lose. And there will definitely be a retaliation to Russian terrorists for Odesa. They will feel this retaliation.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 23, 2023
All those who… pic.twitter.com/gcpD30BFP1
Pronunciamento de Zelensky após ataques em Odessa (Reprodução/Twitter/@ZelenskyyUa)
Exportação de grãos
Após saída da Rússia de acordo, garantindo exportação de grãos da Ucrânia, ataques são mais constantes. Estes já atingiram armazéns de grãos e destruíram 120 toneladas de cevada e ervilha.
O acordo foi firmado em julho de 2022 e permitia o escoamento de grãos através dos portos do mar negro pelos ucranianos. Países da Europa e Ásia têm preocupação por conta do preço do trigo, que pode se elevar. Antes da guerra, a Ucrânia era responsável por 10% da exportação de grãos em todo o mundo. Há um receio geral em relação ao preço dos alimentos no mundo todo.
Foto destaque: Ataques em Moscou. Reprodução/Twitter/@ZelenskyyUa