O quantitativo de mortos devido às intervenções de policiais no Estado Paulista diminuiu cerca de 62% durante esses 4 anos. No que diz respeito aos adolescentes de 15 a 19 anos houve ainda maior diminuição, cerca de 67%. No entanto, 273 jovens ainda vieram à óbito em ações policiais.
Esses números foram divulgados nesta terça-feira (16) em uma pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A pesquisa foi denominada de “As câmeras corporais na Polícia Militar do Estado de São Paulo: processo de implementação e impacto nas mortes de adolescentes”.
Câmeras usadas por policias (Reprodução/Twitter)
O estudo também estruturou os danos causados pela implementação das câmeras no óbito de policiais. Nos batalhões que começaram à fazer uso das câmeras operacionais portáteis de acordo com o programa do Estado chamado Olho Vivo, ocorreu uma diminuição na letalidade policial que atuaram entre os anos de 2019 e 2022 em cerca de 76%. No que diz respeito aos demais batalhões houvera uma queda de 33%.
De acordo com a chefe do escritório do UNICEF em São Paulo, Adriana Alvarenga: “Pelos indicadores analisados, é possível afirmar que o estado de São Paulo vem avançando no enfrentamento da violência letal, incluindo as violências contra crianças e adolescentes. A continuidade e escalabilidade de políticas que se mostram efetivas é essencial para que os indicadores sigam melhorando”.
De acordo com o estudo apesar de a redução da letalidade policial ser multifatorial e não estar ligada somente ao programa Olho Vivo, a queda do número de mortes ligadas à intervenção policial no Estado de São Paulo após a implementação das câmeras é uma ótima ideia, uma vez que acarreta a queda do número de morte de jovens e adolescentes, além de toda população.
Foto Destaque: Policial usando câmera em sua farda. Reprodução/Twitter