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Moraes exige que Bolsonaro explique estada na embaixada da Hungria

Reportagem do The New York Times revelou que ex-presidente passou duas noites na embaixada da Hungria apenas quatro dias depois de ter tido passaporte apreendido pela operação que investiga articulações de um golpe de Estado

26 Mar 2024 - 09h29 | Atualizado em 26 Mar 2024 - 09h29
Moraes exige que Bolsonaro explique estada na embaixada da Hungria  Lorena Bueri

Jair Bolsonaro tem o prazo de 48 horas para explicar o motivo de ter passado duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília. A ordem veio do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF). A passagem do ex-presidente pela embaixada foi revelada pelo The New York Times, que teve acesso a imagens do sistema de segurança do local, na qual é possível ver Bolsonaro ao lado de dois seguranças e da equipe do embaixador. De acordo com a reportagem, Bolsonaro chegou à embaixada no dia 12 de fevereiro e permaneceu até o dia 14.

Apenas quatro dias antes, em 8 de fevereiro, o ex-presidente teve o passaporte apreendido pela Operação Tempus Veratatis, responsável por investigar a tentativa de golpe de Estado articulada após o resultado das eleições de 2022. Para evitar que ele saísse do país, Moraes, que é relator do inquérito, determinou a apreensão do passaporte.

Protegido na embaixada

Bolsonaro é alvo de diversas investigações criminais, mas ao se dirigir a uma embaixada estrangeira ele se protege de uma possível ordem de prisão, pois este é um local onde as autoridades nacionais não têm alcance legal. Caso a investigação comprove que Bolsonaro buscou asilo na embaixada de um país com o qual tem boa relação, a Procuradoria-Geral da República ou a Polícia Federal pode pedir a prisão preventiva do ex-presidente. De acordo com o Código Penal, a medida é garantia da ordem pública.


Imagens da câmera de segurança mostram Bolsonaro na embaixada da Hungria (Foto:reprodução/The New York Times)


Ao Blog da Ana Flor, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que a corporação vai apurar se Bolsonaro violou alguma lei. Segundo os investigadores, é preciso descobrir a motivação da ida à embaixada. Sem a investigação, não é possível afirmar que houve uma tentativa de fuga.

Alegação da defesa

A defesa de Bolsonaro, alegou que as noites na embaixada tinham como objetivo manter contatos com as autoridades da Hungria. O próprio ex-presidente disse que mantém boas relações com o primeiro-ministro do país Viktor Orbán, líder do país desde 2010. Durante seu mandato, Bolsonaro chegou a chamar Orbán de “irmão”. A relação dos dois vem das semelhanças políticas e ideológicas.


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Jair Bolsonaro e Viktor Orbán em Budapeste, em 2022 (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


“Jair Bolsonaro esteve hospedado na embaixada magiar, por algusn dias a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo, atualizando os cenários políticos das duas nações”, diz a nota publicada pelos advogados. Ainda de acordo com o comunicado, quaisquer informações que diferem das motivações repassadas pela defesa não passam de obra ficcional e fake News.

O embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, foi chamado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) para dar explicações da estada de Bolsonaro.Halmai se reuniu, nesta segunda-feira (25), com a titular da Secretaria de Europa e América do Norte, Maria Luisa Escorel.

Foto destaque: Jair Bolsonaro deve explicar estada na embaixada da Hungria logo após ter passaporte apreendido (Reprodução: Getty Images Embed)

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