Após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu exoneração de seu cargo e deixará o posto. O anúncio foi feito pelo governo federal nesta segunda-feira (28), na edição extra do Diário Oficial da União.
Ele é o quarto ministro da Educação do governo de Bolsonaro a deixar seu cargo. Com 64 anos da idade, Milton Ribeiro é natural de Santos, no litoral de São Paulo. Formado em teologia, ele atua como pastor da Igreja Presbiteriana, além de ser advogado e ter doutorado em Educação.
Aliado de Bolsonaro em pautas conservadoras, em 2019 ele foi nomeado para Comissão de Ética Pública ligada à Presidência da República até que chegou em 2021 no cargo de Ministro da Educação.
O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Reprodução/Claúdio Reis/Estadão)
De acordo com o governo, Ribeiro encontrou com o presidente na tarde de hoje no Palácio do Planalto, onde entregou a carta de demissão. Pastor e professor, Milton Ribeiro atuava como ministro desde julho do ano passado.
A notícia da exoneração veio logo após a revelação do Jornal Folha de São Paulo, através de uma gravação vazada, onde o até então ministro diz repassar as verbas do ministério para municípios indicados por Arilton Moura e Gilmar Santos, dois pastores evangélicos.
No áudio, é possível ouvir Ribeiro afirmando que essa intermediação por meio dos dois pastores seria um pedido de Bolsonaro, fato que, após o escândalo, foi negado pelo ministro em nota. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, abriu inquérito para investigar o ministro.
O provável é que, o atual número 2 do ministério, o secretário-executivo, Victor Godoy Veiga, assuma o ministério nesse momento.
Foto Destaque: Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação. Reprodução/Rafaella Feliciano/Metrópoles