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Mianmar liberta sob anistia mais de 6.000 presos políticos

A anistia em massa concedida pela junta de Mianmar será para marcar o dia nacional do país, mais de 6.000 mil prisioneiros políticos foram libertados.

17 Nov 2022 - 20h00 | Atualizado em 17 Nov 2022 - 20h00
Mianmar liberta sob anistia mais de 6.000 presos políticos Lorena Bueri

A ex-embaixadora britânica Vicky Bowman, o economista australiano Sean Turnell e o jornalista japonês Toru Kubota, e mais 6000 mil prisioneiros foram libertos sob anistia pela junta militar governante de Mianmar. 

Os três estão entre os 6.450 presos anistiados, sendo eles 5.774 homens e 576 do mulheres, a libertação acontece para para marcar o dia nacional do país, de acordo com a mídia estatal nesta quinta-feira (17). As anistias foram dadas por motivos humanitários e ocorrem depois que críticas à junta foram feitas durante uma recente cúpula de líderes do Sudeste Asiático, que se reuniram em Phnom Penh, capital do Camboja, para a cúpula anual da “Associação das Nações do Sudeste Asiático”, onde o conflito em Mianmar esteve entre as pautas discutidas. 

O país de Mianmar enfrenta dura turbulência política desde fevereiro de 2021, que foi quando militares deram um golpe ao prender civis, entre eles, a ativista, vencedora do Nobel da Paz em 1991, Aung San Suu Kyi, que está presa até hoje em meio a uma série de acusações que os críticos afirmam ter motivação política. A partir disso, a junta prendeu milhares de pessoas que protestavam contra o regime militar. 


Aung San Suu Kyi, presa política em Mianmar. Foto Reprodução: Blog Spot


A junta de Mianmar tem enfrentado crescentes críticas na região após não conseguir impor um plano de paz negociado em abril de 2021. O país continua fazendo parte do bloco de Associação, apesar das contestações de grupos de direitos humanos mundiais, porém, os oficiais da junta foram barrados de enviar representantes políticos para eventos importantes.  

Quem são os três prisioneiros libertos

Vicky Bowman 

A ex-embaixadora atuou como diplomata do Reino Unido em Mianmar entre os anos de 2002 e 2006, ela e seu marido, o artista Htein Lin, foram presos sob acusação de crimes de imigração em agosto e enviada para a prisão de Insein em Yangon. Segundo a Reuters, seu marido também foi liberto pela anistia. 


 

Vicky Bowman, ex-embaixadora britânica está entre os libertados pela anistia. Foto Reprodução: Maroverli 


Sean Turnell 

O economista australiano, atuou como consultor econômico do gabinete de Suu Kyi e foi preso depois do golpe militar e condenado a três anos de prisão por violar a "Lei de Segredos de Estado Oficiais" de Mianmar, em uma decisão que foi condenado pelo governo da Austrália.  


Sean Turnell, economista australiano está entre os libertados pela anistia. Foto Reprodução: Taz


Toru Kubota 

O jornalista e documentarista japonês foi condenado a 10 anos de prisão sob acusações que incluem a violação das leis imigratórias, por entrar no país com visto de turista para documentar os protestos. A embaixada japonesa em Mianmar disse nesta quinta-feira que foi informada pelas autoridades de que o jornalista seria liberto no final do dia.  


Toru Kubota, documentarista japonês está entre os libertos pela anistia. Foto Reprodução: New Age DB 


Não é a primeira vez que o os militares do país soltam prisioneiros políticos, em outubro do ano passado, foram libertas mais de 5.600 pessoas que foram presas por protestar contra o regime. 

Foto Destaque: Mianmar liberta mais de 6.000 prisioneiros políticos. Reprodução: Correio do Brasil.

 

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