A diplomacia do México decidiu nesta quinta-feira (11) apresentar denúncia contra o Equador na Corte Internacional de Justiça, CIJ em Haia, nos Países Baixos, pela invasão de sua embaixada na capital equatoriana na última sexta-feira (05).
No pedido interpelado pelos mexicanos, é pedido para que o Equador seja suspenso como membro da Organização das Nações Unidas, ONU, até que faça um pedido público de desculpas, reconhecendo que excedeu e violou os princípios e as normas do direito internacional.
Violações do direito internacional
A ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (11) que apresentou na CIJ um pedido para que seja iniciado um processo contra o episódio da invasão da embaixada do México em Quito por forças policiais locais. Alicia declara que o objetivo desta medida é para garantir a reparação dos danos morais ao qual o Estado mexicano foi imposto pelas forças policiais do Equador.
O consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores do México, Alejandro Celorio afirma que não há dúvidas de que o Equador rompeu e violou a Convenção de Viena quando violou a imunidade da embaixada mexicana.
Alicia Barcena Ibarra, Ministra das Relações Exteriores do México (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Yuri Cortez/AFP)
Entenda o caso
Na última sexta-feira (05) policiais entraram a força na embaixada do México no Equador para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas que estava no local após receber asilo político dos mexicanos. Glas é acusado de corrupção durante o período de maio de 2013 e novembro de 2017. Ele era vice de Rafael Correa.
Após a invasão da semana passada, o México rompeu imediatamente após o ocorrido as relações diplomáticas com o Equador e deu início ao processo em Haia. Vários países, incluindo o Brasil condenaram a invasão a embaixada mexicana. A Organização dos Estados Americanos, OEA, exigiu após reunião que os dois governos começassem um diálogo em conformidade ao direito internacional.
Entre os termos ajustados na reunião de emergência que ocorreu no sábado (06), a OEA exigiu que os Estados assegurem a inviolabilidade das sedes diplomáticas, ou seja, das embaixadas, sem exceção, frisando que é obrigação de todos os países cuidarem e terem respeito aos privilégios das missões diplomáticas, como está disposto no direito internacional.
Foto Destaque: embaixada do México no Equador (Reprodução/Getty Images Embed/ Rafael Rodriguez Tapia/Anadolu)