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Mercado de trabalho: Devemos ou não se manifestar sobre eleições nas redes sociais

Dar sua opinião política publicamente sempre foi um perigo, mas como isso influencia dentro da sua empresa e do mercado de trabalho? Confira abaixo quais os principais riscos e o que não fazer em suas redes sociais.

23 Out 2022 - 20h54 | Atualizado em 23 Out 2022 - 20h54
Mercado de trabalho: Devemos ou não se manifestar sobre eleições nas redes sociais Lorena Bueri

A liberdade expressão, que foi garantida por lei em 1988, vale também para as redes sociais de cada cidadão. Porém, no período que vivemos, alguns excessos podem trazer prejuízos e causar complicações, principalmente quando o assunto é o mercado de trabalho. O empregador não pode interferir nas suas decisões e no que você deixa ou não de postar nas suas redes sociais, porém, em época de eleições, é importante ter noção dos perigos e saber que possivelmente seu comportamento está sendo observado e analisado por seus superiores. Mesmo sem interferência direta na sua liberdade de expressão, segundo especialistas, as atitudes em mídias interferem na sua vida profissional.


(Imagem/Reprodução: Twitter)


Esta pauta tem ganhado um destaque especial devido as eleições, tendo em vista que política tem sido bem discutida nas redes e o posicionamento virou quase que uma obrigação para ser aceito nesse novo padrão da sociedade: o de não ficar “em cima do muro”. É fato que o funcionário não pode receber nenhum tipo de represália por se manifestar a favor ou contra algum candidato, seja em período eleitoral ou não, dentro ou fora das redes sociais. Porém, os advogados trabalhistas ouvidos pelo portal do G1 dizem que é necessário ter limites e bom senso, pois o mau uso dos aplicativos pode levar a demissão, até mesmo por justa causa.

Confira a opinião do advogado trabalhista Afonso Paciléo:

“Conversar com colegas sobre o assunto não fere, em hipótese alguma, a legislação. Por outro lado, deve-se analisar as manifestações sobre o tema. É preciso identificar quando um simples debate político pode se transformar em assédio eleitoral”, comenta o advogado.

Segundo a advogada Fernanda Ramos, cabe ao funcionário não confundir liberdade de expressão com excessos, nem prejudicar outras pessoas no ambiente de trabalho por conta de visões políticas diferentes:

“Caso isso ocorra, ficará evidente uma quebra de confiança, o que pode levar à rescisão do contrato de trabalho”, diz. Ela completa dizendo que comportamentos inadequados como discurso de ódio, provocações e disseminação de notícias falsas também podem gerar demissões.

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Foto Destaque: Redes sociais e mercado de trabalho — Imagem/Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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