A liberdade expressão, que foi garantida por lei em 1988, vale também para as redes sociais de cada cidadão. Porém, no período que vivemos, alguns excessos podem trazer prejuízos e causar complicações, principalmente quando o assunto é o mercado de trabalho. O empregador não pode interferir nas suas decisões e no que você deixa ou não de postar nas suas redes sociais, porém, em época de eleições, é importante ter noção dos perigos e saber que possivelmente seu comportamento está sendo observado e analisado por seus superiores. Mesmo sem interferência direta na sua liberdade de expressão, segundo especialistas, as atitudes em mídias interferem na sua vida profissional.
qse fui demitido por dizer que votei e vou votar no lula dnv
— Marcelo (@duarrtemarcelo) October 19, 2022
(Imagem/Reprodução: Twitter)
Esta pauta tem ganhado um destaque especial devido as eleições, tendo em vista que política tem sido bem discutida nas redes e o posicionamento virou quase que uma obrigação para ser aceito nesse novo padrão da sociedade: o de não ficar “em cima do muro”. É fato que o funcionário não pode receber nenhum tipo de represália por se manifestar a favor ou contra algum candidato, seja em período eleitoral ou não, dentro ou fora das redes sociais. Porém, os advogados trabalhistas ouvidos pelo portal do G1 dizem que é necessário ter limites e bom senso, pois o mau uso dos aplicativos pode levar a demissão, até mesmo por justa causa.
Confira a opinião do advogado trabalhista Afonso Paciléo:
“Conversar com colegas sobre o assunto não fere, em hipótese alguma, a legislação. Por outro lado, deve-se analisar as manifestações sobre o tema. É preciso identificar quando um simples debate político pode se transformar em assédio eleitoral”, comenta o advogado.
Segundo a advogada Fernanda Ramos, cabe ao funcionário não confundir liberdade de expressão com excessos, nem prejudicar outras pessoas no ambiente de trabalho por conta de visões políticas diferentes:
“Caso isso ocorra, ficará evidente uma quebra de confiança, o que pode levar à rescisão do contrato de trabalho”, diz. Ela completa dizendo que comportamentos inadequados como discurso de ódio, provocações e disseminação de notícias falsas também podem gerar demissões.
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Foto Destaque: Redes sociais e mercado de trabalho — Imagem/Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil