As autoridades do Ministério da Saúde de Gaza, sob o controle do grupo Hamas, classificado como terrorista por Israel e outros países, estimam que mais de 50.000 palestinos perderam a vida ao longo de quase 18 meses de conflito. Essa informação foi divulgada no último domingo (23).
Durante o curso da guerra, Israel contestou frequentemente os dados divulgados pelas autoridades de Gaza.
Guerra de volta a Gaza
Em janeiro deste ano, pouco antes da posse de Donald Trump, Hamas e Israel haviam estabelecido um cessar-fogo na região de Gaza. No entanto, menos de dois meses depois, Israel retomou os ataques a Gaza.
Na última terça-feira, dia 18, uma grande ofensiva israelense resultou na morte de mais de 400 pessoas e deixou mais de 600 feridos, segundo autoridades palestinas. Israel alega que o Hamas quebrou o acordo ao não liberar os 59 reféns restantes, estimando que 35 deles já estejam mortos.
Após dois meses de relativa calma, os moradores de Gaza enfrentam novamente a fuga, com Israel encerrando o cessar-fogo e iniciando uma nova ofensiva aérea e terrestre contra o Hamas na última terça-feira. Neste domingo, explosões foram ouvidas em toda a Faixa de Gaza, enquanto aviões israelenses bombardearam diversas áreas, marcando uma intensificação dos ataques iniciados no começo da semana.
As autoridades de saúde do Hamas informaram que, até o momento, pelo menos 30 palestinos foram mortos em ataques israelenses em Rafah e Khan Yunis neste domingo, incluindo três funcionários municipais. Desde o início do conflito, o Ministério da Saúde de Gaza estima que 50.021 palestinos foram mortos e 113.274 ficaram feridos. Paralelamente a esses eventos, ocorreu o falecimento de um líder político do Hamas.
Israel retoma operações terrestres em Gaza e Hamas lança foguetes contra Tel Aviv (Vídeo: reprodução/PlayPlus/RECORD)
Falecimento de um líder político do Hamas
Neste domingo (23), Salah al-Bardaweel, líder político do Hamas, foi morto em um ataque israelense no sul de Gaza. Até o momento, as autoridades israelenses não se pronunciaram sobre o ocorrido.
Bardaweel foi um integrante do escritório político do Hamas e, em 2009, teve a responsabilidade de liderar a delegação do grupo em negociações indiretas de trégua com Israel. Além disso, em 2005, ele chefiou o escritório de mídia do Hamas.
"Seu sangue, assim como o de sua esposa e dos mártires, continuará a nutrir a luta pela libertação e independência", declarou o grupo.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfatizou repetidas vezes que o principal objetivo da guerra é eliminar o Hamas, tanto como uma força militar quanto como um governo.
Ele destacou que a nova campanha busca forçar o grupo terrorista a liberar os reféns ainda em sua posse. Israel iniciou sua ofensiva em Gaza após os ataques do Hamas no sul de Israel no dia 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte de 1.200 pessoas e na captura de mais de 250 reféns, de acordo com dados do governo israelense.
Por sua vez, o Hamas acusou Israel de violar os termos do acordo de cessar-fogo firmado em janeiro ao não iniciar negociações para o fim do conflito e a presença contínua de tropas israelenses em Gaza. No entanto, o grupo afirmou que ainda está aberto ao diálogo e avaliando propostas de "ponte" apresentadas pelo enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff.
Foto Destaque: Israel retoma operações terrestres em Gaza (Reprodução/Facebook/VNS News)