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Mais de 1 milhão de usuários do Telegram compartilham abuso sexual infantil

Aplicativo de mensagens tem características que facilitam a comercialização deste conteúdo

23 Out 2024 - 10h00 | Atualizado em 23 Out 2024 - 10h00
Mais de 1 milhão de usuários do Telegram compartilham abuso sexual infantil  Lorena Bueri

Segundo a ONG SaferNet, a grande presença de abusadores e pedófilos no Telegram, não é coincidência, o serviço de mensagens tem características que facilitam o crime e dificulta as investigações. Especialistas no assunto vão ao Ministério Público hoje para entregar um relatório detalhando esses crimes. Durante três meses a SaferNet, especializada em segurança digital, fez uma pesquisa que detalhou a facilidade na compra e venda de materiais de pornografia infantil, ela encontrou mais de 41 comunidades de diálogos e troca de conteúdos sexuais.

A pesquisa ainda detalha que embora as páginas encontradas com esses conteúdos sejam frequentadas por pessoas do mundo inteiro, a presença de brasileiros é muito grande. Um levantamento do uso de palavras nestes grupos aponta que os termos em português ficam bem a frente dos outros, como espanhol e inglês. Eles utilizam de códigos para dificultar o entendimento.


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Tribunal de Paris (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Dono do telegrama preso

O fundado do Telegram, o russo Pavel Durov, foi preso em agosto deste ano na França, sendo acusado por diversos crimes, entre eles o de não coibir este tipo de crime na sua plataforma. Ele atualmente está respondendo o processo em liberdade, porém, não pode deixar o território francês.

Como combater este crime

A UNICEF, (Fundação das Nações Unidas para a infância), tem um posicionamento de que precisamos dar voz às vítimas deste crime, uma vez que o assunto não é abordado, você não tem discussão cobre o assunto e acaba gerando muita desinformação sobre isso. Um exemplo disso são os dados da Organização Mundial da Saúde, que aponta que das mais de 204 milhões de crianças e adolescentes com menos de 18 anos no mundo, 9,6% delas sofrem exploração sexual, nesse cenário, a cada 100 casos apenas 7 são denunciados, o que dificulta o combate a este crime pelas autoridades.

Foto destaque: Logo Telegram (Reprodução/Instagram/@watsuptv)

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