O ministro da Educação do atual governo, Camilo Santana, declarou neste domingo (12) que a Polícia Federal já foi cobrada pelo MEC quanto a investigação sobre o segundo vazamento do caderno de questões do Enem em 2023.
Pela segunda vez
Como aconteceu no primeiro dia da aplicação da prova do Enem (5), o questionário circulou pela internet novamente antes do horário permitido para que, os alunos que terminassem a prova, pudessem levar o caderno para casa.
Os candidatos puderam começar a sair a partir das 15h30, porém, a prova só poderia sair dos locais de aplicação após as 18h. Desta forma, não há explicação para como suas questões já estivessem circulando próximo às 17h, ou seja, enquanto a prova ainda era aplicada. Por esta razão, a PF teve de ser acionada, para investigar como a circulação ocorreu antes do horário permitido.
No primeiro dia do processo de avaliação do ensino médio (5), as imagens das questões foram divulgadas em grupos do WhatsApp. Já neste domingo (12), foi um arquivo em PDF que continha as questões do caderno amarelo.
Força Policial em Patos e Santa Luzia, durante segundo dia de prova do Enem 2023 (Foto: reprodução/Patos Verde)
Ações da PF
Ainda na tarde deste domingo, enquanto ocorria a aplicação da prova, a Polícia Federal informou que, além de já ter identificado as oito pessoas que haviam divulgado indevidamente as imagens da prova do primeiro dia, também já haviam colhido seus depoimentos e ainda realizavam diligências em diversos estados para apurar o ocorrido.
A PF declarou ainda que os materiais que podem acusar fraude durante o exame, também foram aprendidos pelos investigadores em Maceió (AL) e Vitória da Conquista (BA), dados que deverão ser analisados na sequência.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), no dia 5, foram mobilizados cerca de 31,4 mil agentes de segurança pública de todo o país, enquanto no dia 12, o contingente foi reforçado, inclusive, ocorrendo o monitoramento das redes sociais.
De acordo com as informações do Inep, não ocorreu vazamento antes do início da aplicação da prova, o que, conforme colocou Santana, não acarreta prejuízo para os candidatos.
Foto Destaque: Presidente do Inep, Fernando Palácios, e ministro da Educação, Camilo Santana (Reprodução/Cristiano Mariz/O Globo)