O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última quarta-feira (25/01) após reunião com o presidente do Uruguai Luis Lacalle Pou. O presidente citou ter herdado o Brasil “semidestruído”, com cenário de fome, e voltou a chamar o ex-presidente Michel Temer (MDB) de “golpista”, afirmando que ambos os ex-presidentes contribuíram para o desmonte de políticas sociais.
“O Brasil não tinha mais fome quando eu deixei a Presidência da República e hoje tem 33 milhões de pessoas passando fome, significa que quase tudo que nós fizemos de benefício social no meu país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos, ou melhor, em sete anos; três do golpista Michel Temer e quatro do governo Bolsonaro”, afirmou ao se pronunciar ao lado do presidente do Uruguai, que negocia um acordo bilateral com a China, Lula defendeu que o Mercosul negocie em bloco com Pequim. Segundo a CNN.
Luis Lacalle Pou e Lula. (Foto: Reprodução/InfoMoney)
A declaração do chefe executivo aconteceu depois de o presidente ter dito que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de Estado. O presidente fez essa afirmação na última segunda-feira (23), em viagem à Argentina para o encontro com o presidente Alberto Fernández. Segundo Lula, depois da saída de Dilma, o país entrou num retrocesso que não imaginava.
Em reunião, Lula destacou também a relação comercial com o Uruguai, reforçando que o Brasil não pode crescer sozinho e que deveria evoluir junto de todos os países da América do Sul.
Lula ainda diz que, desde que ele assumiu em 2003, decidiu que o Brasil, por ser o mais país da América Latina, deveria ter “uma política generosa”. “Fazia parte da nossa missão contribuir para que todos os países crescessem juntos. O Brasil não pode crescer sozinho.” De acordo com o Estado de Minas.
Segundo Lula a relação como chefe de Estado não tem viés ideológico e afirma que os chefes de Estado tem que ser respeitados à soberania de cada país e o interesse de fazer o bem para a população.
Foto Destaque: Presidente Lula. Reprodução/Agência Brasil.