Nesta terça-feira (30) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "não há nada de grave" no processo eleitoral da Venezuela. O presidente Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela, venceu as eleições no domingo (28) com 80% das urnas apuradas. O chavista obteve 51,20% dos votos, enquanto Edmundo González Urrutia recebeu 44,2%. A oposição vem se manifestando contra o resultado e exige as atas de votação, até agora 11 pessoas morreram e 749 pessoas foram presas. Entenda:
Relação Lula e Nicolás Maduro
A relação entre Venezuela e Brasil sempre foi muito próxima, o vínculo acontece desde os primeiros mandatos de Lula (2003-2010) se aliando primeiro com com Hugo Chávez, e após sua morte a Maduro, sucessor de Chávez por compartilharem uma visão ideológica parecida pautada nas políticas de esquerda. Lula chegou até convidar Nicolás para sua posse em 1º de janeiro de 2023, entre outros encontros e elogios públicos.
Nos últimos meses essa relação apresentou sinais de tensões. Recentemente, dias antes de se reeleger Maduro alegou que as eleições do Brasil não são auditadas, o que foi classificado pelo governo brasileiro como desrespeitoso. Além disso em Em 22 de julho, Lula disse que Maduro precisava aprender a ser democrático e se preparar caso perdesse a reeleição. Em resposta Maduro afirmou que haveria um “banho de sangue” caso fosse derrotado, e sem citar Lula completou que quem estivesse incomodado que "tomasse um chá de camomila".No entanto com tais situações recente, durante uma entrevista para a TV Centro América, afiliada da TV Globo em Mato Grosso. O presidente Lula disse:
"Então, tem um processo. Não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a 3ª Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e a Justiça faz.”
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Lula e Nicolás Maduro (Foto:reprodução/Getty Images Embed/Evaristo Sá
Eleições Venezuela
Um pesquisa desenvolvidas por brasileiros apontavam que ex-embaixador Edmundo González Urrutia, opositor de Nicolás Maduro possuia 66,2% dos votos, contra 31,2% de Maduro nas intenções de votos. O resultado das eleições na Venezuela, divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que indica a reeleição de Nicolás Maduro, mas está sendo discutido e analisado, gerando revolta e contestações de outros países como Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai se manifestaram sob a alegação de fraude nas eleições venezuelanas.
Reeleição de Nicolás Maduro dá continuidade ao governo chavista, fundado pelo ex-presidente Hugo Chávez que foi ao poder em 1998, sendo assim a 7ª eleição presidencial seguida. Para os apoiadores o chavismo é um movimento revolucionário, que pensa nas comunidades mais pobres. No entanto, também há críticas sobre o governo de muitos que o consideram a gestão de Maduro como ditadora, e responsável por levar o país a uma crise econômica grave que provocou o refúgio de mais de 5,4 milhões de venezuelanos deixaram seu país em busca de melhores condições nos países vizinhos.
Foto Destaque: Luiz Inácio Lula da Silva (Reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)