O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), iniciará uma viagem com destino à capital cubana nesta sexta-feira (15), e a previsão de sua partida marcada para as 12h. Sua visita a Havana tem como propósito a participação na cúpula do G77+China.
Está previsto que Lula descanse durante o primeiro dia após sua chegada à nação cubana. Entretanto, no sábado (16), ele terá um papel de destaque na cúpula, onde será o primeiro a fazer um pronunciamento. O tema central do evento é "Os desafios atuais para o desenvolvimento: o papel da ciência, da tecnologia e da inovação".
Logo da edição da cúpula de 2023, que ocorrerá em Cuba. (Foto: reprodução/Prensa Latina)
A agenda do presidente
A agenda do presidente brasileiro inclui dois encontros bilaterais. O primeiro deles será com o diretor-geral da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu. Logo depois, Lula se reunirá com o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel. Ambas as reuniões ocorrerão a portas fechadas.
Esta será a primeira visita de um presidente brasileiro a Cuba desde 2014. Lula já esteve no país em três ocasiões anteriores, nos anos de 2003, 2008 e 2010. Após sua estadia em Cuba, Lula seguirá para os Estados Unidos ainda no sábado (16), onde participará da Assembleia-Geral da ONU, que ocorrerá na cidade de Nova York.
Presença no G77+China
A presença de Lula na cúpula é parte da agenda diplomática atual do governo, que busca fortalecer laços com países em desenvolvimento e manter um equilíbrio nas negociações com nações mais ricas. Além disso, há o interesse em angariar apoio para impulsionar reformas na governança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os países membros do G77+China. (Foto: reprodução/Kyat02/Wikipédia)
O G77+China é um grupo que reúne países em desenvolvimento com o objetivo de articular e promover interesses econômicos comuns, fortalecendo a capacidade de negociação dessas nações nas principais questões econômicas internacionais no âmbito da ONU. Esse bloco foi criado em 1964, durante a Guerra Fria, contando inicialmente com 77 signatários, incluindo o Brasil, mas agora engloba 134 nações.
Foto Destaque: Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Reprodução/Ricardo Stuckert/VEJA.