O governo federal anunciou nesta sexta-feira (07) o retorno do Brasil à União de Nações Sul-Americanas (UNASUL). O decreto foi foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado no Diário Oficial da União na última quinta-feira (06). A partir de então, ele passa a valer em 30 dias – ou seja, a partir de 6 de maio.
Lula e o presidente argentino, Alberto Fernández (Foto: Reprodução/Ag}ência Brasil - EBC)
Em 2019, Jair Bolsonaro comunicou que o Brasil se retiraria do grupo de países. Na ocasião, o ex-presidente declarou a criação do Fórum para o Progresso da América do Sul (PROSUL), composto pela Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Praguai, Peru, Suriname e Uruguai.
“Em 2010, a união era composta por todos os 12 Estados da América do Sul e com uma população de quase 400 milhões e habitantes. Desde então, alguns países se retiraram da Unasul, principalmente em função de divergências políticas. A saída do Brasil ocorreu em 2019 por decisão do governo anterior”, diz o governo federal.
Em janeiro deste ano, durante uma visita à Argentina, Lula e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, disseram que possuem o objetivo de voltar a colocar em andamento a Unasul.
Segundo um anúncio feito no Twitter pelo chanceler Santiago Cafiero, assim como o Brasil, a Argentina também voltará ao bloco, que atualmente é composto pela Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela.
“Por decisão soberana, a Argentina volta à Unasul como Estado-Membro para promover a sua revitalização institucional e construir uma região cada vez mais integrada”, escreveu.
Nos últimos anos, a Unasul passou por um processo de enfraquecimento devido a discordância no funcionamento do bloco. Em 2019, o Chile anunciou a saída do bloco e pediu a devolução do edifício-sede da organização.
Foto destaque: Luiz Inácio Lula da Silva. Reprodução/ Money Times