Na quinta-feira (20), a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, tornou públicas as acusações contra três pessoas envolvidas em uma série de ataques contra a empresa de carros elétricos Tesla, pertencente a Elon Musk, que tem uma ligação próxima com o ex-presidente Donald Trump. Bondi classificou esses atos como "uma onda de terrorismo interno contra a Tesla".
O Departamento de Justiça divulgou uma nota informando que esses três indivíduos "irão responder perante a lei por incendiar carros e estações de recarga da Tesla utilizando coquetéis molotov". A procuradora-geral Bondi também enviou um alerta, afirmando que qualquer pessoa que participar desses ataques contra a Tesla será levada à justiça.
Preço da tirania: Ataques violentos contra a Tesla nos EUA (Vídeo: reprodução/Instagram/@jornaldiariocarioca)
Ataques e acusações
Os três acusados não tiveram suas identidades reveladas, mas o Departamento de Justiça informou que eles podem enfrentar penas de prisão que variam de cinco a 20 anos, sem especificar exatamente quais acusações cada um deles enfrenta. Nos últimos tempos, vários veículos, concessionárias e pontos de recarga da Tesla foram alvo de vandalismo nos Estados Unidos.
De acordo com o Departamento de Justiça, um dos acusados foi detido após lançar coquetéis molotov contra uma loja da Tesla em Salem, no Oregon, e também em Loveland, no Colorado, onde tentou incendiar carros da mesma forma. Outro indivíduo teria deixado mensagens ofensivas direcionadas ao ex-presidente Trump em estações de carregamento da Tesla em Charleston, na Carolina do Sul, antes de também atear fogo nelas com coquetéis molotov.
Contexto político e econômico
Na semana anterior a esses eventos, Trump demonstrou apoio a Elon Musk, chegando a transformar a Casa Branca em uma espécie de showroom temporário da Tesla. Essa ação ocorreu em um momento delicado para a empresa, que enfrenta desafios no mercado financeiro e ameaças de boicote. Uma porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, comentou durante uma coletiva de imprensa que "os americanos, principalmente os democratas, apreciavam muito a marca até que Elon Musk decidiu apoiar Donald Trump". Ela também lamentou a "violência deplorável e intolerável" que tem ocorrido em todo o país contra trabalhadores, funcionários e pessoas que utilizam os veículos da Tesla.
Elon Musk, considerado a pessoa mais rica do mundo, teria destinado uma quantia significativa, mais de 270 milhões de dólares, para a campanha presidencial de Trump no ano anterior. Além disso, quando retornou ao cargo, Trump nomeou Musk para liderar o Departamento de Eficiência Governamental, com a missão de reduzir drasticamente os gastos do governo.
Foto Destaque: Elon Musk (Reprodução/Getty Images Embed/The Washington Post)