Segundo uma matéria publicada pelo Wall Street Journal, renomado jornal nova-iorquino, um tribunal de segunda instância (conhecido como Suprema Corte Estadual) dos Estados Unidos decidiu que o governo de Donald Trump pode implementar medidas de proibição contra programas de diversidade (conhecidos pela sigla DEI), tanto em cargos públicos quanto em empresas que possuem contratos de prestação de serviços com o governo federal. Os programas DEI (diversidade, equidade e inclusão) visam à contratação de pessoas consideradas parte de minorias, como mulheres, pessoas com deficiência, pessoas negras, com a finalidade de promover a igualdade social.
Nova decisão suspende proibição
No dia 21 de fevereiro, o juiz federal Adam Abelson, do estado de Maryland, havia feito uma deliberação que proibia a administração de Trump de barrar programas de diversidade. Agora, a nova decisão veio de um grupo de três juízes do Tribunal de Apelações do Quarto Circuito dos EUA, em Richmond, Virgínia, e foi publicada nesta sexta-feira (14), suspendendo a decisão anterior e concedendo esse direito ao governo Trump. Apesar disso, a nova deliberação ainda é temporária, e agências governamentais já entraram com recursos para suspender a decisão.
Os programas conhecidos como DEI visam promover a igualdade em ambientes de trabalho (Foto: reprodução/Pixabay/@Tumisu)
Empresas americanas já estão abandonando metas de diversidade
Seguindo a tendência influenciada pela nova administração de Trump, um número variado de empresas norte-americanas está deixando para trás as metas de diversidade e inclusão, além de passar a evitar o uso desses termos em relatórios e em seus sites. Ao menos dez grandes nomes já afrouxaram ou até mesmo extinguiram seus programas de DEI, entre eles Victoria’s Secret, Target, Meta, Amazon, Walmart, Ford, John Deere, Harley-Davidson, McDonald's, Boeing e Jack Daniel’s. Apesar de serem nomes relevantes, a maioria das empresas americanas ainda mantém seus programas de DEI, essenciais para gerar oportunidades iguais para todos e justiça social.
Foto destaque: Donald Trump (Reprodução/X/@politvidchannel)