O julgamento de Paulo Cupertino Matias, acusado de assassinar o ator Rafael Miguel e seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, começou nesta quinta-feira (29) no Fórum Criminal da Barra Funda, na cidade de São Paulo. O crime, que gerou grande comoção nacional, ocorreu em junho de 2019, na Zona Sul da capital paulista, supostamente motivado pela reprovação de Cupertino ao relacionamento entre sua filha, Isabela Tibcherani, e o ator.
Sessões, participantes e contexto do julgamento
Presidido pelo juiz Antônio Carlos Pontes de Souza, o julgamento deve se estender por dois dias e conta com a participação de sete jurados. Além de Cupertino, outros dois réus, Eduardo José Machado e Wanderley Antunes Ribeiro, respondem por supostamente terem ajudado na fuga do acusado após o crime. Durante o processo, estão previstas as oitivas de nove testemunhas.
Paulo Cupertino: prisão do assassino do ator de Chiquititas não é confirmada (Vídeo: reprodução/Youtube/Balanço Geral)
Em uma tentativa anterior, o julgamento havia sido suspenso em outubro de 2024, quando Paulo Cupertino destituiu seu então advogado, alegando quebra de confiança. Na ocasião, tanto a filha quanto a ex-mulher do acusado, Isabela Tibcherani e Vanessa Camargo, solicitaram prestar depoimento por videoconferência, devido ao desconforto com a presença do réu. Contudo, o pedido foi negado pela Justiça.
Histórico da fuga, prisão e acusações
Após o crime, Cupertino permaneceu foragido por quase três anos, até ser capturado em maio de 2022. Durante esse período, o acusado teria se escondido em diversas cidades e até mesmo buscado refúgio fora do país.
URGENTE! Luiz Bacci retoma caso Paulo Cupertino e julgamento de assassino de ator de Chiquititas pode ser ADIADO NOVAMENTE, estimativa de pena é de 90 anos.
— Lucas (@LucGS0) May 29, 2025
"Ele disse que não teve culpa de nada" #AloVocê #CidadeAlerta pic.twitter.com/OO9kKcEXYP
Julgamento de Paulo Cupertino pode ser adiado (Vídeo: reprodução/X/@LucGS0)
O Ministério Público de São Paulo imputa a Cupertino a prática de triplo homicídio duplamente qualificado, apontando motivo torpe e o uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas. A sentença será proferida após a deliberação do Conselho de Sentença, que decidirá sobre a responsabilidade penal dos acusados.
O caso permanece como um dos episódios de violência familiar mais impactantes dos últimos anos, mobilizando debates sobre feminicídio, controle parental e justiça.
Foto destaque: Rafael Miguel e Paulo Cupertino (Reprodução/Instagram/@rafaelmiguelreal/Polícia Federal)