A jovem Chayene da Silva, de 19 anos, passou por um momento de tristeza no último final de semana. Após 38 semanas de gestão, ela perdeu o bebê e precisou esperar quatro dias, com ele dentro da barriga, até que pudessem induzir o parto, no dia 7 de fevereiro, e retirar a criança no Hospital Regional de Samambaia, no Distrito Federal.
Segundo a família, houve negligência no caso, já que ela foi mandada para casa duas vezes, em dois hospitais diferentes, antes de detectarem que o bebê estava morto.
Chayene da Silva, que mora em Goiás, foi orientada no posto de saúde da sua cidade, Santo Antônio do Descoberto, a procurar um hospital no Distrito Federal para dar continuidade ao pré-natal, devido a problemas de pressão alta e diabete.
Segundo a mãe da jovem, Vanuza da Silva, a família procurou atendimento no Hospital Regional de Taguatinga, onde Chayene foi atendida e mandada para casa.
Em seguida, elas procuraram o Hospital Materno Infantil de Brasília e lá a jovem ficou internada por quatro dias para controle glicêmico e logo após o processo ela recebeu "alta com bom controle", segundo aponta o documento entregue pela médica que atendeu Chayene no local. No mesmo documento existia uma orientação para ela procurar "um pronto-socorro obstétrico com 37 semanas para programação do parto".
Com 38 semanas de gestão, a jovem já estava programada para ganhar o bebê (Foto: Redes Sociais/Reprodução)
Ainda no Hospital Materno, a família disse ter sido informada que o parto só poderia ser realizado no Hospital de Taguatinga ou no de Samambaia, que são os locais mais próximos de onde a jovem mora.
Com 38 semanas de gestão, e uma semana após ter recebido alta, Chayene foi atendida no hospital de Samambaia, mas o médico que fez o atendimento disse que não estava conseguindo ouvir o coração do bebê e orientou que ela procurasse uma clínica particular para fazer o exame, já que ele acreditava que o equipamento do hospital estava quebrado.
Por não encontrarem nenhum local próximo ao hospital, ela precisou se deslocar até a Ceilândia para realizar a ecografia, que constatou que o bebê estava morto.
A 32ª Delegacia de Polícia de Samambaia Sul, onde a família registrou boletim de ocorrência, vai investigar se houve negligência médica.
Já a Secretaria de Saúde do DF informou em nota que "cada profissional tem autonomia para seguir a conduta médica que considerar necessária" e que será feita uma avaliação para entender se houve alguma infração ética durante o ocorrido e, caso necessário, providências serão tomadas.
Foto destaque: Com 38 semanas de gestão, a jovem já estava programada para ganhar o bebê (Freepik/Reprodução)
