Internada há quase quatro meses após cheirar pimenta em conserva e ter uma reação alérgica grave, a trancista Thais Medeiros de Oliveira, 25, apresentou melhora no quadro clínico e deve receber alta hospitalar nos próximos dias. O tratamento de reabilitação continuará a ser feito em casa.
A jovem, transferida da Santa Casa de Anápolis para o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação (Crer) há cerca de um mês, terá que realizar alguns exames que assegurem que ela está mesmo apta para ter oficialmente a liberação clínica.
Em entrevista ao portal de notícias G1, a mãe, Adriana, que é cabeleira, explicou que, além da UTI, irá para uma residência localizada perto do Crer. Para recebê-la, a família deverá montar uma estrutura semelhante à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em casa.
Após conhecer o caso de Thais, o Instagram do “Razões para Acreditar”, na terça-feira (6), criou uma vaquinha virtual para arrecadar recursos que ajudem a custear as necessidades médicas dela. A ação continuará por mais 18 dias e, até o momento, o valor adquirido é de R$ 141.580 mil. As contribuições já ultrapassam a meta estipulada, que era de R$ 110.000 mil.
Relembre o caso
Após cheirar pimenta em conserva em um almoço na casa do namorado, em 7 de fevereiro, a trancista foi levada às pressas à Santa Casa de Anápolis, unidade em que ficou internada durante três meses, antes da transferência ao Crer.
Recipiente com a pimenta que Thais cheirou e sofreu crise alérgica grave. (Foto: Reprodução/Tv Anhanguera)
A moça, que tem histórico de problemas respiratórios como asma e bronquite, além de sofrer com crises alérgicas, ficou cerca de 20 minutos com a oxigenação comprometida e, no hospital, teve uma parada cardiorrespiratória de oito minutos, o que resultou em um edema cerebral.
Ao G1, o médico responsável da UTI do hospital, Rubens Dias, explicou que: “Ela teve foi um período que o cérebro não tem oxigenação devida, porque o coração não estava bombeando sangue para o corpo. E ele gera uma lesão que é irreversível e tem um potencial de gravidade muito grande.”
Rubens reiterou que, devido a probabilidade de lesão neurológica grave, o cérebro pode se recuperar, mas dificilmente ela conseguirá retornar às atividades habituais.
Foto de destaque: Thais Medeiros de Oliveira. Reprodução/Redes sociais de Thais.