Faltam seis meses apenas para o início dos jogos olímppicos, que acontecem em Paris na França. Um dos maiores desafios do evento este ano é o calor escaldante do verão parisiense, que poderá ser uma questão iminente. Uma pesquisa publicada em dezembro, pela revista NPJ Climate and Atmospheric Science, revelou que o risco da onda de calor, que poderá levar duas semanas, é a temperatura ultrapassar o recorde de 2003, em Paris.
A ideia principal da pesquisa era alertar os responsáveis que algo poderia piorar, 20 anos depois. O principal autor do estudo, disse à AFP Pascal Yiou, que "no século XX não era possível ultrapassar este recorde, mas agora podemos não só igualá-lo, mas superá-lo com uma probabilidade finalmente bastante elevada”.
Após outro estudo publicado na revista Lancet Planet Health em maio de 2023, descobriu que Paris tinha altas taxas de mortalidade relacionadas com o calor mais elevadas entre 854 cidades europeias, em parte devido à falta de espaços verdes e à densidade populacional. Em 2003, 15 mil pessoas morreram devido as altas temperaturas na cidade, em grande parte idosos que viviam sozinhos.
Testes de estresse
A atitude dos organizadores foi a de realizar algumas simulações para explorar a possibilidade de alterar os horários de alguns eventos ao ar livre para mais cedo ou mais tarde, evitando o calor do meio-dia. Algumas competições são mais arriscadas, como por exemplo: a maratona, o tênis ou o vôlei de praia.
Um fator preocupante, é que os espectadores que terão de esperar na fila para entrar nos locais onde haverá competição, não tem a resistência física dos atletas, jovens e fisicamente aptos, que poderão ser mais resistentes e suportar o sol pleno em estádios ao ar livre.
Força tarefa brasileira
O Comitê Olímpico do Brasil (COB), instalará ares condicionados nos quartos dos atletas brasileiros, dentro da área olímpica. Essa iniciativa é independente e não conta com nenhum recurso por parte dos organizadores oficiais dos torneios. A atitude gerou polêmica entre equipe técnica, atletas entre outros, uma vez que o calor promete superar temperaturas de anos anteriores, e não havia movimentação da parte francesa por conta de aquecimento global.
Foto destaque: símbolo dos jogos olímpicos de Paris 2024. (Reprodução/G1)