Na última sexta (15) o presidente Jair Bolsonaro autorizou a retirada de mais R$600 milhões do orçamento que estava destinado as pesquisas e projetos científicos do país, para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com aprovação do Congresso a pedido do Ministério da Economia. Em contrapartida, os milhões de reais foram direcionados para outros seis ministérios.
O corte de 87% das verbas para pesquisas foi criticado pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que publicou em seu perfil no Twitter que a decisão foi “Falta de consideração”, visto que “Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos. Ainda mais quando são feitos sem ouvir a Comunidade. Científica e Setor Produtivo. Isso precisa ser corrigido urgentemente.”
Presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Evaristo Sá/AFP)
Em conclusão, R$89 milhões foram encaminhados para a ciência e pesquisa, contudo, após a transferência para a produção de remédios necessários para o tratamento de câncer, não sobrou nada para as pesquisas, resultando no cancelamento de projetos que já estavam agendados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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Os seis ministérios que receberam o dinheiro previamente destinados para a ciência foram:
● O Ministério do Desenvolvimento Regional, que ficou com R$252,2 milhões;
● O Ministério da Agricultura, que ganhou R$120 milhões;
● O Ministério das Comunicações, que recebeu R$100 milhões;
● O Ministério da Educação, que foi priorizado com apenas R$50 milhões;
● O Ministério da Saúde, que também obteve R$50 milhões;
● E o Ministério da Cidadania, que adquiriu R$28 milhões.
Foto destaque: Charge do presidente Jair Bolsonaro atirando em produtos químicos. Reprodução/Nando Motta