Ao menos 30 pessoas foram mortas após um bombardeio de Israel a uma escola no bairro Al-Nasr, em Gaza, neste domingo (04). Segundo um porta-voz da Defesa Civil da Palestina, ao jornal Al Jazeera, a maioria dos mortos eram de crianças e mulheres. Este número ainda tende a aumentar, pois ainda há equipes de resgate trabalhando nos escombros.
Este foi o segundo ataque a escolas em dois dias, e Israel assumiu a responsabilidade dos ataques, alegando que funcionavam nos locais um centro de comando e controle do Hamas. As autoridades da Palestina afirmam que os locais eram apenas escolas e que se Israel tivesse avisado com antecedência as mortes poderiam ter sido evitadas.
Ataques a escolas por dias consecutivos
Israel havia bombardeado outra escola na Faixa de Gaza no sábado (03), deixando ao menos 17 palestinos mortos, segundo a Defesa Civil da Palestina. Na ocasião, Israel reivindicou a responsabilidade do ataque e justificou alegando que no local estavam escondidos comandantes do Hamas.
O porta-voz da Defesa Civil da Palestina, Mahmoud Basal, disse à CNN que a maioria dos corpos achados são de mulheres e crianças e que ainda há buscas por mais corpos dentre os escombros.
Local também servia de abrigo
Segundo um jornalista local à CNN, as duas escolas eram separadas apenas por um muro e no local servia também de abrigo de centenas pessoas que se deslocaram desde o início da ofensiva israelense. Segundo esta mesma fonte, que não quis se identificar, a maioria das pessoas eram compostas por mulheres e crianças e a área é densamente povoada.
O prédio da escola Al-Nasr, que foi destruída neste domingo (04), tinha três andares. Nas redes sociais, há vídeos mostrando o cenário e como o local ficou. Nestas filmagens, é possível ver médicos carregando crianças feridas para ambulâncias.
Além de escola, o local servia de abrigo para os refugiados (Foto: reprodução: OMAR AL-QATTAA/AFP /Getty Images Embed)
O que diz Israel
Apesar de assumirem a responsabilidade do ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a Agência de Segurança de Israel não responderam à CNN se havia avisado aos civis com antecedência de que os ataques aconteceriam e nem quantos oficiais do Hamas teriam sido mortos nas operações. A alegação de Israel é de que os comandantes do Hamas se escondem em escolas e hospitais para se proteger e fabricar armas, no entanto, isso não foi confirmado desde o início das ofensivas.
O número de mortos desde o início da guerra contra o Hamas, em outubro de 2023, chegou a 39.583 e com cerca de 91.398 palestinos feridos, segundo informações do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza divulgado neste domingo (04) após os ataques às escolas.
Foto Destaque: Escola Al-Nasr destruída após bombardeio de Israel neste domingo (04) (Reprodução/Omar AL-QATTAA /AFP/Getty Images Embed)