Nesta sexta feira (27), Israel aumentou as operações mar e terra contra o grupo Hamas na Faixa de Gaza, enquanto acusava o grupo terrorista de se esconder sob hospitais. Após bombardeios aéreos, o exército israelense fizeram novas incursões durante a madrugada em Gaza. Com ajuda da marinha israelense também realizaram avanços no mar e enfrentaram o grupo terrorista Hamas no litoral.
No início da madrugada desta sexta-feira, Israel iniciou uma incursão inédita, com o porta-voz das forças armadas alertando para a expansão iminente da ação terrestre. O alvo primordial concentra-se nos complexos subterrâneos utilizados por extremistas para se esconder.
Incursão
Dois prestadores de serviços de comunicação móvel em Gaza reportaram interrupções devido aos intensos bombardeios. A entidade Netblocks, responsável pela supervisão da conectividade global, identificou que múltiplos provedores experimentaram uma falha na comunicação nessa sexta-feira. O grupo humanitário Socorro Vermelho também lamentou a perda de contato com suas equipes médicas.
Em Ramallah, na Cisjordânia, o Brasil comunicou uma redução na oferta de serviços de comunicação em Gaza. O embaixador Alessandro Candeas relatou que esteve em contato com um dos cidadãos brasileiros abrigados em Rafah, que assegurou que os compatriotas estão bem e seguros .
Em Netanya, um artista pintou um mural como apelo para a libertação dos reféns. (Foto: Reprodução/JN/G1)
No sul da Faixa de Gaza, em Khan Yunis, o profissional de saúde informou que apenas pacientes necessitando de cirurgias urgentes estão sendo admitidos, com todas as vagas na unidade de terapia intensiva ocupadas.
O contra-almirante israelense Daniel Hagari realizou uma exposição para demonstrar como o Hamas utiliza edificações civis em Gaza. Uma imagem de satélite exibe o complexo hospitalar Al-Shifa, o maior de Gaza, com 1.500 leitos. Os edifícios destacados em vermelho alegadamente abrigariam instalações do Hamas no subsolo. Uma animação, baseada em informações de inteligência, exibe como pode ser o complexo subterrâneo.
Em alerta
Conforme a agência de notícias Reuters, um representante do Hamas afirmou, em uma plataforma de mídia social, que as alegações são simplesmente falsidades destinadas a justificar um potencial ataque contra civis. Na Cisjordânia, o outro território palestino, confrontos ocorreram entre jovens palestinos e soldados israelenses em Hebron e Ramallah. Uma manifestação exibiu bandeiras de duas facções rivais palestinas: o Hamas e o Fatah.
No início da tarde, um projétil vindo da Faixa de Gaza impactou os andares superior e penúltimo de um edifício no leste de Tel Aviv, resultando em quatro indivíduos feridos. De acordo com um oficial militar em Tel Aviv, a ausência de ferimentos em um maior número de pessoas ocorreu devido à busca por abrigo assim que as sirenes soaram.
A cidade de Sderot, situada próxima à Faixa de Gaza, foi impactada por mísseis, sendo que havia sido evacuada após os ataques realizados três semanas antes. Durante o início do período de descanso judaico, familiares de reféns arranjaram mesas com assentos desocupados para a ceia de Shabat, uma vez que 229 indivíduos, incluindo crianças, mulheres e idosos, permanecem sob controle de grupos extremistas.
Na cidade de Netanya, um pintor criou uma arte mural como um apelo pela libertação dos indivíduos retidos. Benzi Brofman expressou que buscou retratar os sentimentos das crianças que foram sequestradas.
Foto destaque: Menino palestino em frente aos escombros de um edifício após ataque israelense à Cidade de Gaza. (Reprodução/Omar El-Qattaa /AFP/G1)
