No dia 7 de outubro o grupo Hamas efetivou um ataque terrorista que evidenciou uma falha na inteligência israelense. Segundo o The New York Times em matéria publicada nesta quarta-feira (01) e publicada no Brasil pela Folha de São Paulo, isso ocorreu por conta de uma suposição do serviço secreto de Israel, que, após detectar uma movimentação do grupo palestino, ignorou, pois, acreditou ser apenas um exercício militar corriqueiro. Essa falha na vigilância ocasionou no atentando do dia seguinte.
O Hamas usou as redes sociais no dia do ataque terrorista para mostrar, e se vangloriar, com vídeos, a brutalidade ao qual agrediu os israelenses. Foram exibidas em todas as mídias sociais desde a chegada ao local por via aérea, até imagens atirando a esmo contra os civis que corriam por medo dos homens armados.
Falhas na vigilância
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em entrevista coletiva logo após os atentados do último dia 7 de outubro, não assumiu falhas em seu serviço de inteligência, porém afirmou que após o conflito serão discutidas todas as lacunas que podem ter sido deixadas pela tecnologia da inteligência israelense. Segundo o The New York Times em sua edição de quarta-feira (01), o serviço secreto de Israel detectou movimentações fora do normal do Hamas, porém acreditaram que aquilo fosse um exercício militar e ignoraram o fato.
Imagens divulgadas por Israel dos corpos de civis mortos pelo Hamas no dia 7 de outubro (Foto: reprodução/Oren ZIV / AFP)
Ofensiva tecnológica
No dia seguinte aos ataques do Hamas, Israel iniciou uma série de bombardeios à região da Faixa de Gaza, porém com auxílio de sua mais avançada tecnologia. O emprego de mísseis de quase precisão impecável foram usados para atingir alvos descritos como esconderijos de terroristas. Houve vítimas civis, milhares delas crianças.
Na segunda fase terrestre que se iniciou nessa segunda-feira (30), Israel e o Hamas continuam a usar seus aparatos tecnológicos. Os dois lados têm mostrado ataques em redes sociais, vídeos feitos por drones e câmeras nos uniformes dos soldados. A guerra tem sido transmitida também via internet.
Fake News
Uma série de falsas notícias foram divagadas no início do conflito, logo após aos ataques brutais do Hamas no dia 7 de outubro. Algumas fotos alteradas por inteligência artificial enganaram muitos internautas e até presidentes de países importantes foram vítimas. Muitas delas, dos dois lados do conflito, não houve confirmação de que fato aconteceram. Assim como com imagens, notícias falsas surgem a todo momento e uma frase atribuída a inúmeros autores segue atual: “Na guerra, a primeira vítima é sempre a verdade.”
Tanto o Hamas como Israel, fazem o uso da inteligência artificial a seu favor, utilizando as redes sociais da maneira que lhes convém, fazendo montagens de fotos, divulgando vídeos de ataques, de treinamentos e toda forma possível para tentar intimidar o outro lado.
Foto Destaque: míssil atinge Faixa de Gaza (Reprodução/X/@Reuters)
