Nesta terça-feira (11) O ministro da Energia, Herman Halushchenko, informou que cerca de 30% da infraestrutura energética da Ucrânia foi atingida por mísseis russos desde segunda-feira (10).
Em entrevista ao portal de notícias CNN o ministro disse que está foi “primeira vez desde o início da guerra” que a Rússia “dramaticamente teve como alvo” a infraestrutura de energia do país. Herman apontou também que uma das razões para essa ofensiva é que as exportações de eletricidade ucranianas para a Europa “ajudam os países europeus a economizar gás e carvão russos”, acrescentando que a Ucrânia está tentando “se reconectar rapidamente de outras fontes”.
Na última segunda-feira, o governo ucraniano instou as pessoas em todo o país a limitar o uso da luz. Questionando se a Ucrânia receberia energia extra da Europa. O ministro confessou que essa era uma das opções.
Halushchenko afirmou que o sistema de energia ucraniano ainda está estável, mas pediu aos parceiros que fornecessem sistemas de proteção aérea para que a infraestrutura seja protegida “Enviamos esta mensagem aos nossos parceiros: precisamos proteger o céu”, declarou ele. “Os russos não estão jogando em alguns jogos das leis internacionais. Eles não se importam com nenhum tipo de acordo ou convenção internacional.”
Cidades da Ucrânia, foram alvos de ataques simultâneos na madrugada desta segunda-feira (10) Reprodução\CNN.
O ataque acontece em Lviv, principal cidade do oeste ucraniano e terceiro maior centro urbano da Ucrânia, a energia que havia sido restaurada ao longo da madrugada caiu novamente após mísseis de cruzeiro terem atingido uma estação elétrica.
Em sua conta do telegrama o prefeito local, Andrii Sadovii, disse "Como resultado, 30% de Lviv está sem eletricidade" após a usina de Zaporizhzhia ser atingida por três explosões. Sirenes de ataque aéreo soaram em todo país.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou nesta terça-feira (11) que tem instalações militares e usinas elétricas como alvo principal em ataque a Ucrânia.
Foto Destaque: Usina Nuclear de Zaporizhzhia. Reprodução: Reuters\Alexander Ermochenko.