Anulação do juri ocorreu após desembargadores tomarem a decisão por dois a um. Os réus receberam o alvará de soltura poucas horas depois de o resultado ser divulgado. Os quatro réus: Marcelo de Jesus dos Santos, músico do grupo; Luciano Bonilha Leão, produtor da banda; Elisandro Spohr e Mauro Londero Hoffman, sócios da boate Kiss, foram soltos na noite de quarta-feira, após a decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (Tj-RS) anular o juri que condenou os acusados do incêndio, que matou 242 jovens e deixou outros 636 feridos na boate em 27 de janeiro de 2013 que ficava em Santa Maria cidade do Rio Grande do Sul.
Réus foram soltos nesta madrugada. Foto: Reprodução/Jonathan Heckler / Agencia RBS/GZH segurança
Todos os envolvidos sairam da prisão sem dar declarações, indo diretamente para veículos, exceto por Luciano Leão, um dos primeiros a deixar a prisão juntamento com Marcelo de Jesus, que parou para conversar com a imprensa que se encontrava na saída do presídio, dizendo que “Ele e Marcelo, não são assassinos”.
Em dezembro de 2021 os quatro réus tiveram a sentença de cumprir 18 a 22 anos de prisão e foram conduzidos para a prisão, Leão e Santos estavam presos no Presídio Estadual de São Vicente do Sul, e Sporh e Hoffman, os sócios da boate, encontravam-se cumprindo sua pena na Penitenciaria Estadual de Canoas (Pecan) todos estavam detidos desde a sentença do juri em dezembro.
Porém, os advogados de todos os acusados alegavam nulidades no processo e no juri realizado em dezembro, e nesta semana os desembargadores Jose Conrado Kurtz de Souza e Jayme Weingartner Neto reconheceram alguns argumentos.
A decisão gerou repercussão e revolta nas redes sociais, o Ministério Publico lamentou o resultado e disse que irá trabalhar para reverter a decisão tomada, como já ocorreu neste mesmo caso em outros momentos. O mesmo apresentou contrarrazões que reforçavam a lisura do julgamento.