Localizado ao Norte de Gaza, o Hospital Al-Shifa, conhecido como a maior unidade de saúde local, ainda atua, no entanto, em uma situação precária de funcionalidade, como informou Aurélie Godard, chefe de atividades médicas que compõe a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).
O hospital teve a visitação da profissional pela primeira vez no dia 22 de janeiro, logo após o MSF retirar sua equipe da atuação, no mês de novembro de 2023.
Al-Shifa abriga 50 mil pessoas
O MSF informou que a retirada da equipe de médicos faz com que o hospital transforme-se, aos poucos, em um alojamento para os desabrigados, acolhendo aproximadamente 50 mil pessoas que buscam por segurança.
Além disso, constatou sobre a ausência de combustível para os geradores que vem tornando impossível a missão de prestar o atendimento adequado às pessoas que precisam urgentemente de cuidados hospitalares.
O hospital recebeu a visita da médica, que chegou ao local com um comboio da ONU, entregando 19 mil litros de combustível, que, segundo Godard, é essencial por ser utilizado para acionar os geradores que abastecem o hospital com energia elétrica, sendo necessário aproximadamente três mil litros de combustível para que ele funcione. Os 19 mil litros entregues serão suficientes pelo período de apenas uma semana.
Outros hospitais se tornaram campos de batalha
Além da situação de vulnerabilidade do Al-Shifa, outros hospitais localizados ao Norte de Gaza, serviram de campos de batalha. Foram 20 dos 22 hospitais, localizados na região, que durante os primeiros dois meses de guerra de Israel contra o Hamas foram atingidos diretamente, sofrendo bombardeios, cortes e escassez de energia.
Hospitais destruídos no Norte de Gaza (Foto: reprodução/CNN)
Uma análise de 45 imagens de satélite e aproximadamente 400 vídeos dos locais, além de entrevistas a médicos, testemunhas oculares e organizações humanitárias, comprovou os dados de destruições desde o dia 7 de outubro.
Foto destaque: bebês resgatados no Al-Shifa, levados para um hospital no Egito (Reprodução/CNN)
