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Guerra na Ucrânia: número de vítimas chega a 5 mil

A guerra entre os países da Ucrânia e Rússia já causou mais de 5 mil mortos e com isso a ACNUDH apresentou a ONU um relatório informando dessas violações dos direitos humanos.

29 Jun 2022 - 17h29 | Atualizado em 29 Jun 2022 - 17h29
Guerra na Ucrânia: número de vítimas chega a 5 mil Lorena Bueri

Segundo o último relatório da ONU, apresentado hoje, pela chefe da Missão de Monitoramento de Direitos Humanos na Ucrânia, Matilda Bogner, o número de civis mortos chega a 5 mil.  

Nesse contexto da  invasão russa à Ucrânia, foi notificado ao escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Nesta quarta feira, um relatório alarmante referente a situação dos Direitos Humanos. 

Desde o início do conflito entre os países (Rússia e Ucrânia) em 24 de fevereiro de 2022, já foi documentado segundo a ONU o total de 10 mil vítimas civis, e dentre elas um total de 4.731 pessoas mortas, de acordo com Matilda Bogner. 


Bandeira com o logotipo da ONU (Foto: Reprodução / ACNUDH)


No entanto, esse relatório apresenta apenas uma estimativa e não o número real de mortos, visto que é apenas em cima do que a Missão conseguiu verificar de forma independente. 

Essas violações dos direitos humanos internacionais e direito humanitário são apresentadas no relatório, conforme mostrado no documento e com isso, entende-se o alto preço que a guerra entre esses países está causando diariamente. Segundo a Matilda “o ataque armado da Federação Russa contra a Ucrânia teve um impacto devastador nos direitos humanos em todo o país. Documentamos violações do direito internacional dos direitos humanos e do direito internacional humanitário, incluindo crimes de guerra”. 

A evidência é apresentada com base em documentos judiciais, registros oficiais e fontes (públicas). O relatório com as informações coletadas ocorreu entre 24 de fevereiro e 15 de maio de 2022, sendo em 11 visitas de campo, 3 visitas a locais de detenção e 517 entrevistas com vítimas e testemunhas. 

Segundo a Matilda Bogner,  “O alto número de vítimas civis e a extensão da destruição e danos causados ​​à infraestrutura civil levantaram preocupações significativas de que os ataques conduzidos pelas Forças Armadas russas não cumpriram o Direito Internacional Humanitário. Embora em uma escala muito menor, também parece que as forças armadas ucranianas não cumpriram o direito internacional humanitário nas partes orientais do país”. 

No documento apresentado (ACNUDH), verificou-se também alegações ilegais de assassinatos com execuções sumárias de civis nas regiões de  Kyiv, Chernihiv, Kharkiv e Sumy, no qual estavam sob o controle da russa. 

Destaca- se que em Bucha (região de Kyiv) o ACNUDH houve mortes em massa com no mínimo 50 civis. O documento da ONU  se preocupa com a detenção arbitrária de desaparecimento forçado de alguns representantes de autoridades locais, incluindo jornalistas, ativistas, e outros civis. 

Enfim, o ACNUDH recomenda que todas as partes em conflito “respeitem e garantam o respeito” pelos direitos humanos internacionais e pelo direito humanitário em todos os momentos e em todas as circunstâncias. O relatório também instou a Rússia a "cessar imediatamente os ataques armados" e cumprir suas obrigações sob o direito internacional. A Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da Ucrânia mantém presença em Donetsk, Dnipro, Odessa e Uzhhorod. 

 

Foto destaque: Escombros nos locais em que encontram corpos. Reprodução/Daniel Leal/AFP

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