O grupo Al-Nujaba, apoiada pelo Irã no Iraque, reafirmou seu compromisso em prosseguir com os ataques contra as tropas dos EUA, desafiando a decisão do grupo Kataib Hezbollah de interromper as operações. Akram Al-Kaabi, líder do Al-Nujaba, afirmou que a ofensiva continuará até a retirada total das tropas dos EUA do Iraque e o cessar das operações militares israelenses na Faixa de Gaza.
Desafios à autoridade do Irã
A atitude independente do Al-Nujaba faz com que surjam dúvidas sobre o controle eficaz do Irã sobre os grupos que patrocina na região. Mesmo com a ameaça de uma escalada que poderia culminar em um confronto direto entre Irã e EUA, os ataques continuam, sugerindo que algumas milícias podem não estar completamente subordinadas às lideranças iranianas.
Reações dos EUA e apreensões iranianas
Os Estados Unidos apontam a Resistência Islâmica no Iraque, um grupo armado respaldado pelo Irã, como responsável pelo recente ataque à base na Jordânia, considerado o maior desde o conflito entre Hamas e Israel. Para as autoridades americanas, as ações desses grupos representam uma ameaça à estabilidade econômica global.
Apesar da postura desafiadora dos grupos, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, destacou que o país não está buscando iniciar uma guerra, mas responderá de forma vigorosa a qualquer agressão. Desde o início do conflito em Gaza, as tropas americanas foram contra-atacadas cerca de 166 vezes no Iraque e na Síria.
Tropas americanas instalaram bases aéreas no Iraque (Foto: reprodução/John Davison/REUTERS)
Conflitos regionais e posicionamento dos EUA
Os Estados Unidos, em meio a conflitos na região devido ao confronto entre Israel e o Hamas, realizaram vários ataques no Oriente Médio. O Iêmen, Iraque e Síria tornaram-se centros de tensão, com as forças americanas sendo alvo de mais de 160 ofensivas desde 7 de outubro. O contexto complexo e as ações independentes dos grupos desafiam os esforços de estabilização na região.
Foto Destaque: marcha do grupo armado Al-Nujaba durante um desfile militar (Reprodução/divulgação/AFP)