Em decorrência da greve dos funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp, o governo de São Paulo decretou ponto facultativo em todos os serviços públicos da cidade nesta terça-feira (28). A prefeitura da capital também suspendeu o rodízio de carros e reagendou o Provão Paulista.
De acordo com o governo, o ponto facultativo, estabelecido a fim de reduzir os impactados da greve, não afetará “os serviços de segurança pública, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça”.
As aulas da rede estadual serão suspensas, enquanto as escolas municipais e as creches funcionarão. Além disso, agendamentos em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital, unidades de saúde estaduais e Poupatempo, serão remarcados.
Medidas do governo
Além de decretar o ponto facultativo, a prefeitura de São Paulo determinou a suspensão do rodízio de carros e o adiamento do Provão Paulista.
A avaliação, que dá acesso à vagas nas universidades públicas paulistas, foi reagendada para 29 e 30 de novembro, para os alunos do último ano do ensino médio. Já os estudantes do 1º e 2º ano do ensino médio, irão realizar o Provão em 30 de novembro e 1 de dezembro.
Greve contra à privatização
Funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp anunciam greve para esta terça-feira (28). (Foto: Reprodução/X).
Na noite desta segunda-feira (27), os sindicatos dos Metroviários, Ferroviários e Trabalhadores do Saneamento e Meio Ambiente confirmaram uma paralisação para esta terça-feira (28).
Através da greve, que também conta com o apoio da Fundação Casa e dos profissionais da rede estadual de ensino, os funcionários protestam contra a privatização dos serviços públicos e pedem maiores investidores na saúde e educação.
A paralisação começa a partir da 0h desta terça e deve durar 24 horas, afetando as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM.
De acordo com o governo de São Paulo, em nota, a greve apresenta motivação política e “não está ligada a causas trabalhistas”. A declaração foi rebatida pelos metroviários, que acusaram o “modelo privatista" de apresentar falhas e prejuízos ao estado e à população.
A pedido do governador Tarcísio de Freitas, a Justiça do Trabalho determinou que 85% dos funcionários da CPTM e 80% dos serviços do Metrô deverão operar nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h na CPTM e das 6h às 9h e das 16h às 18h no Metrô). Nos horários restantes, o metrô deve operar com 60% e a CPTM com 65%. Em caso de descumprimento, o sindicato dos ferroviários pode ser multado em R$ 600 mil e o dos metroviários em R$ 700 mil.
Foto destaque: greve do Metrô e CPTM: governo de SP decreta ponto facultativo nesta terça. (Reprodução/LEANDRO CHEMALLE/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO).