Na última semana, o Grêmio demitiu Eduardo Hamester, preparador de goleiros da equipe sub-14 das categorias de base. O ex-futebolista havia sido condenado, junto com Cuca, por um crime de atentado ao pudor com uso de violência nos anos 80. A demissão ocorreu em resposta aos protestos da torcida do Corinthians e à saída de Cuca do time.
Durante uma excursão pela Europa nos anos 80, a delegação do Grêmio estava hospedada em um hotel em Berna, Suíça. Segundo a investigação policial, uma jovem de 13 anos foi violentada após ser puxada para dentro do quarto dos jogadores. Cuca, Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges foram presos no pais, após a denuncia de estupro. Mas depois de um mês encarcerados, os esportistas foram liberados. Contudo, após dois anos do ocorrido, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão por agressão sexual. Fernando, foi o único absolvido da acusação, porém foi considerado culpado por se envolver no ato de violência. Devido à política de não extradição de seus próprios cidadãos, eles nunca cumpriram sua pena no Brasil.
Cuca, Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges/RevistaPLACAR/Reprodução
Hamster foi guarda-redes do Grêmio entre 1986 e 1987 e conquistou três títulos do Gauchão. Desde 2015, ele trabalhava nas categorias de base do clube. A assessoria do time Tricolor divulgou uma nota informando que “a decisão foi técnica e implica em algumas mudanças previstas na base. No momento ninguém irá se pronunciar sobre essa medida". Após a breve passagem de Cuca pelo Corinthians, a campanha para o desligamento do goleiro ganhou força e fez com que o time reexaminasse a situação.
No Brasil, a pena para crimes de violência sexual varia de acordo com a gravidade e circunstâncias do caso. As penas podem incluir reclusão, com duração mínima de alguns anos. A pena é individualizada pelo juiz, levando em conta as particularidades de cada caso.
Foto destaque: Eduardo Hamester/Redes sociais/Divulgação/Ceará/Reprodução