O governo federal está considerando retomar o horário de verão, medida que foi suspensa em 2019. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou ao governo, nesta quinta-feira (19), a retomada do horário de verão. Segundo cálculos realizados, a economia prevista seria de R$400 milhões para o país. Especialistas apontam que, embora a redução de custos para os consumidores não seja expressiva, a medida pode trazer benefícios no longo prazo. A decisão final de retomada do horário de verão deve ser anunciada em breve.
Como funciona o horário de verão
O horário de verão consiste na alteração dos relógios em uma hora, geralmente entre outubro e fevereiro, para aproveitar melhor a luz natural durante os meses de maior incidência solar. A mudança afeta principalmente os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde a variação na duração dos dias entre as estações do ano é mais perceptível. Durante o horário de verão, a ideia é que ao se adiantar os relógios, as atividades humanas se ajustem para consumir menos eletricidade no período noturno, quando a demanda por energia tende a ser maior.
Pôr do sol (Foto: reprodução/Marcello Casal J/Agência Brasil)
Estimativa de economia
De acordo com o governo, a economia de R$400 milhões seria gerada por meio da redução do consumo de energia elétrica no horário de pico, especialmente em horários comerciais. Essa economia acontece porque, com a mudança no relógio, parte do consumo de eletricidade seria transferida para períodos com menor demanda, reduzindo a sobrecarga no sistema elétrico.
Apesar disso, especialistas apontam que os ganhos em termos de economia de energia são relativamente baixos quando comparados com os valores de consumo em escala nacional. O impacto seria mais perceptível para o setor industrial e para grandes consumidores de energia.
O governo agora avalia se o retorno do horário de verão trará benefícios que sejam consideráveis para o país, levando em conta fatores econômicos e ambientais, bem como os impactos sobre o cotidiano da população.
Foto destaque: pessoa segurando um relógio (Reprodução/Kinga Krzeminska/ Getty Imagens Embed)